Leituras Espirituais para Conferências Vicentinas,
Mensagens, Histórias que Ensinam, Lições de Vida.
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A Casa
Um velho pedreiro estava para se aposentar. Ele contou ao seu patrão
seus planos de largar o serviço de carpintaria e de construção de casas e
viver uma vida mais calma com sua família.
Claro que ele sentiria falta do pagamento mensal, mas ele necessitava da aposentadoria.
O dono da empresa sentiu em saber que perderia um de seus melhores
empregados e pediu a ele que construísse uma última casa como um favor
especial.
O pedreiro consentiu, mas com o tempo era fácil ver que seus
pensamentos e seu coração não estavam no trabalho. Ele não se empenhou
no serviço e se utilizou de mão-de-obra e matérias-primas de qualidade
inferior.
Foi uma maneira lamentável de encerrar sua carreira.
Quando o pedreiro terminou seu trabalho, o construtor veio inspecionar a
casa e entregou a chave da porta ao pedreiro. "Esta é a sua casa", ele
disse, "meu presente para você".
Que choque! Que vergonha! Se ele soubesse que estava construindo sua
própria casa, teria feito completamente diferente, não teria sido tão
relaxado.
Agora ele teria de morar em uma casa feita de qualquer maneira.
Assim acontece conosco. Nós construímos nossas vidas de maneira
distraída, reagindo mais que agindo, desejando colocar menos do que o
melhor.
Nos assuntos importantes nós não empenhamos nosso melhor esforço.
Então, em choque, nós olhamos para a situação que criamos e vemos que
estamos morando na casa que construímos. Se soubéssemos disso, teríamos
feito diferente.
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O Verdadeiro Amor
Um homem foi visitar um sábio conselheiro e disse-lhe que já não amava mais a sua esposa e que pensava em separar-se.
O sábio escutou-o, olhou nos olhos e disse-lhe apenas uma palavra:
-"Ame-a!" E logo se calou.
- Mas, já não sinto nada por ela!
- " Ame-a", disse-lhe novamente o sábio.
E diante do desconcerto do senhor, depois de um breve silêncio, o sábio explicou:
-
Amar é uma decisão, não um sentimento; amar é uma dedicação e entrega.
Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor. O amor é um exercício de
jardinagem: arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja
paciente, regue e cuide. Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou
excessos de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim... Ame seu
par, ou seja; aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê-lhe afeto e ternura,
admire e compreenda-o... Isso é tudo: ame!
E concluiu: Veja o que é a vida sem amor:
- A inteligência sem amor, te faz perverso.
- A justiça sem amor, te faz implacável.
- A diplomacia sem amor, te faz hipócrita.
- O êxito sem amor, te faz arrogante.
- A riqueza sem amor, te faz avaro.
- A docilidade sem amor te faz servil.
- A pobreza sem amor, te faz orgulhoso.
- A beleza sem amor, te faz ridículo.
- A autoridade sem amor, te faz tirano.
- O trabalho sem amor, te faz escravo.
- A simplicidade sem amor, te deprecia.
- A oração sem amor, te faz introvertido.
- A lei sem amor, te escraviza.
- A política sem amor, te deixa egoísta.
- A fé sem amor te deixa fanático.
- A cruz sem amor se converte em tortura,
e a vida sem amor... não tem sentido.
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Aprendendo a Viver
(Autor desconhecido)
Você receberá um corpo físico.
Você pode amá-lo ou detestá-lo, mas ele será seu ao longo de toda a sua existência.
Você receberá lições.
Você estará matriculado na escola da vida em período integral.
Você terá oportunidades para aprender a cada dia que passa.
Você poderá usar estas oportunidades ou deixá-las passar simplesmente.
Não há erros, apenas lições.
O crescimento é resultado de um processo de tentativa e erro: Uma experimentação.
Os experimentos fracassados são tão parte do processo, quanto os experimentos que funcionam.
Uma lição se repetirá até que tenha sido aprendida.
Esta lição será apresentada a você sob várias formas até que você a tenha aprendido.
Quando conseguir isso, poderá então passar para a próxima lição.
Aprender lições é um processo interminável.
Não há nenhum evento na vida que não contenha uma lição.
Se você está vivo, sempre haverá uma lição para aprender.
Lá não é melhor que aqui.
Quando o seu lá se transformar em aqui, você apenas estará obtendo outro lá que, mais uma vez, parecerá melhor que aqui.
Os outros são apenas espelhos da sua própria imagem.
Você
não pode amar ou detestar alguma coisa em outra pessoa, sem que isso
reflita alguma coisa que você ama, ou detesta em si mesmo.
É você quem escolhe o que quer fazer da sua vida.
Você tem todas as ferramentas e recursos de que precisa.
O que faz com eles, é problema seu.
A escolha é sua.
As respostas estão dentro de você.
As respostas às questões da vida estão dentro de você.
Tudo que você tem a fazer é:
PRESTAR ATENÇÃO, OUVIR E CONFIAR.
Os dois Lobos
Um velho Avô disse a seu neto, que veio a ele com raiva de um amigo que lhe havia feito uma injustiça:
"Deixe-me
contar-lhe uma história. Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio
àqueles que 'aprontaram' tanto, sem qualquer arrependimento daquilo que
fizeram. Todavia, o ódio corrói você, mas não fere seu inimigo. É o
mesmo que tomar veneno, desejando que seu inimigo morra. Lutei muitas
vezes contra estes sentimentos". E ele continuou: "É como se existissem
dois lobos dentro de mim.
Um
deles é bom e não magoa. Ele vive em harmonia com todos ao redor dele e
não se ofende quando não se teve intenção de ofender. Ele só lutará
quando for certo fazer isto, e da maneira correta. Mas, o outro lobo,
ah!, este é cheio de raiva. Mesmo as pequeninas coisas o lançam num
ataque de ira!
Ele briga com todos, o tempo todo, sem qualquer motivo.
Ele não pode pensar porque sua raiva e seu ódio são muito grandes.
É uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar coisa alguma!
Algumas vezes é difícil de conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito".
O garoto olhou intensamente nos olhos de seu Avô e perguntou: "Qual deles vence, Vovô?"
O Avô sorriu e respondeu baixinho:
"Aquele que eu alimento mais freqüentemente".
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A Borboleta
"Um
dia, uma pequena abertura apareceu num casulo; um homem sentou e
observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para
fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.
Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso.
Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais.
Então o homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo.
A borboleta então saiu facilmente.
Mas seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas.
O
homem continuou a observá-la, porque ele esperava que, a qualquer
momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de
suportar o corpo que iria se afirmar a tempo.
Nada aconteceu!
Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas.
Ela nunca foi capaz de voar.
O
que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia, era
que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar
através da pequena abertura era o modo pelo qual Deus fazia com que o
fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de forma que ela
estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida.
Se
Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer
obstáculos, ele nos deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão fortes
como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar.
Eu pedi forças... e Deus deu-me dificuldades para fazer-me forte.
Eu pedi sabedoria... e Deus deu-me problemas para resolver.
Eu pedi prosperidade... e Deus deu-me cérebro e músculos para trabalhar.
Eu pedi coragem... e Deus deu-me obstáculos para superar.
Eu pedi amor... e Deus deu-me pessoas com problemas para ajudar.
Eu pedi favores... e Deus deu-me oportunidades.
Eu não recebi nada do que pedi... mas eu recebi tudo de que precisava.
Viva a vida sem medo, enfrente todos os obstáculos e mostre que você pode superá-lo
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A Casa Queimada
Um
certo homem saiu em uma viagem de avião. Era um homem que acreditava em
Deus, e sabia que Ele o protegeria. Durante a viagem, quando
sobrevoavam o mar um dos motores falhou e o piloto teve que fazer um
pouso forçado no oceano.
Quase
todos morreram, mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o
conservasse em cima da água. Ficou boiando à deriva durante muito tempo
até que chegou a uma ilha não habitada. Ao chegar à praia, cansado,
porém vivo, agradeceu a Deus por este livramento maravilhoso da morte.
Ele conseguiu se alimentar de peixes e ervas. Conseguiu derrubar algumas
árvores e com muito esforço conseguiu construir uma casinha para ele.
Não era bem uma casa, mas um abrigo tosco, com paus e folhas. Porém
significava proteção. Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu
a Deus, porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que
talvez pudessem existir na ilha.
Um
dia, ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos
peixes. Assim com comida abundante, estava satisfeito com o resultado da
pesca. Porém, ao voltar-se na direção de sua casa, qual tamanha não foi
sua decepção, ao ver sua casa toda incendiada. Ele se sentou em uma
pedra chorando e dizendo em prantos:
-
"Deus! Como é que o Senhor podia deixar isto acontecer comigo? O Senhor
sabe que eu preciso muito desta casa para poder me abrigar, e o Senhor
deixou minha casa se queimar todinha. Deus, o Senhor não tem compaixão
de mim?"
Neste mesmo momento uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo:
- "Vamos rapaz?"
Ele
se virou para ver quem estava falando com ele, e qual não foi sua
surpresa quando viu em sua frente um marinheiro todo fardado e dizendo:
- "Vamos rapaz, nós viemos te buscar".
- "Mas como é possível? Como vocês souberam que eu estava aqui?"
-
"Ora, amigo! Vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro. O capitão
ordenou que o navio parasse e me mandou vir lhe buscar naquele barco ali
adiante."
Os dois entraram no barco e assim o homem foi para o navio que o levaria em segurança de volta para os seus queridos.
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Não Esqueça o Principal
Conta
a lenda, que certa vez uma mulher pobre com uma criança no colo, ao
passar diante de uma caverna, escutou uma voz misteriosa que lá de
dentro dizia:
-
"Entre e apanhe tudo o que você desejar, mas não esqueça o principal.
Lembre-se porém de uma coisa: depois que você sair, a porta se fechará
para sempre! Portanto, aproveite a oportunidade, mas não esqueça o
principal..."
A mulher entrou na caverna, e lá encontrou muitas riquezas.
Fascinada pelo ouro e pelas jóias, pôs a criança no chão e começou a juntar ansiosamente tudo o que podia em seu avental.
A voz misteriosa então, falou novamente:
- "Você só tem oito minutos."
Esgotados os oito minutos, a mulher carregada de ouro e pedras preciosas, correu para fora da caverna e a porta se fechou...
Lembrou-se então, que a criança ficara lá dentro e que a porta estava fechada para sempre!
A riqueza durou pouco, e o desespero durou para toda a vida.
O mesmo acontece às vezes conosco.
Temos muitos anos para vivermos neste mundo e uma voz sempre nos adverte:
- "Não esqueça o principal!"
E o principal são os valores espirituais, a oração, a vigilância, a família, os amigos, a vida!
Mas a ganância, a riqueza, os prazeres materiais nos fascinam tanto, que o principal vai ficando sempre de lado...
Assim, esgotamos o nosso tempo aqui e deixamos de lado o essencial:
"Os tesouros da alma..."
Que jamais esqueçamos que a vida neste mundo passa rápido, e que a morte pode chegar inesperadamente.
E quando a porta desta vida se fechar para nós, de nada valerão as lamentações.
Portanto...
Que jamais esqueçamos o principal!
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O Pacote de Bolachas
Era
uma vez uma moça que estava à espera de seu vôo, na sala de embarque de
um grande aeroporto. Como ela deveria esperar por muitas horas pelo seu
vôo, resolveu comprar um livro para matar o tempo. Comprou também um
pacote de bolachas.
Sentou-se
numa poltrona, na sala VIP do aeroporto, para que pudesse descansar e
ler em paz. Ao seu lado sentou-se um homem. Quando ela pegou a primeira
bolacha, o homem também pegou uma. Ela se sentiu indignada, mas não
disse nada.
Apenas pensou:
"Mas que cara de pau! Se eu estivesse mais disposta, lhe daria um soco no olho para que ele nunca mais esquecesse!!!
A cada bolacha que ela pegava, o homem também pegava uma. Aquilo a deixava tão indignada que não conseguia nem reagir.
Quando restava apenas uma bolacha, ela pensou: "O que será que este abusado vai fazer agora?"
Então o homem dividiu a última bolacha ao meio, deixando a outra metade para ela.
Ah!!!
Aquilo era demais!!! Ela estava bufando de raiva! Então, ela pegou o
seu livro e as suas coisas e se dirigiu ao local de embarque.
Quando
ela se sentou, confortavelmente, numa poltrona já no interior do avião,
olhou dentro da bolsa para pegar uma bala, e, para sua surpresa, o
pacote de bolachas estava lá... ainda intacto, fechadinho!!! Ela sentiu
tanta vergonha! Só então ela percebeu que a errada era ela, sempre tão
distraída!
Ela
havia se esquecido que suas bolachas estavam guardadas, dentro da sua
bolsa... O homem havia dividido as bolachas dele sem se sentir
indignado, nervoso ou revoltado, enquanto ela tinha ficado muito
transtornada, pensando estar dividindo as dela com ele.
E já não havia mais tempo para se explicar... nem para pedir desculpas...
Refletindo: Quantas vezes, em nossa vida, nós é que estamos comendo as bolachas dos outros, e não temos a consciência disto? Há quem proceda de forma muito diferente da que nós gostaríamos.
Isso tira a nossa calma e nos dá a impressão de que ninguém faz nada certo.
Antes de concluir, observe melhor!
Talvez a coisas não sejam exatamente como você pensa!
Não pense o que não sabe sobre as pessoas.
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O Pote Rachado
Um
carregador de água da Índia levava dois potes grandes. Ambos estavam
pendurados em cada ponta de uma vara, a qual ele carregava atravessada
em seu pescoço.
Um
dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre
chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do
chefe. Enquanto isso, o pote rachado chegava apenas pela metade.
Foi assim por dois anos, diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe.
É
claro que o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o
pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, sentindo-se
miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que havia sido
designado a fazer.
Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia, à beira do poço:
- Estou envergonhado, quero pedir-lhe desculpas.
- Por quê? - perguntou o homem - De que você está envergonhado?
-
Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas metade da minha carga,
porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o
caminho da casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que
fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus
esforços - disse o pote.
O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou:
- Quando retornarmos para a casa do meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho.
De
fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou
flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu ânimo.
Mas
ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a
metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha.
Disse o homem ao pote:
-
Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado do caminho?
Notou ainda que a cada dia enquanto voltávamos do poço, você as regava?
Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu
senhor.
Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa.
Cada um de nós temos nossos próprios e únicos defeitos.
Todos nós somos potes rachados.
Porém, se permitirmos, o Senhor vai usar nossos defeitos para embelezar a mesa de seu Pai.
Na grandiosa economia de Deus, nada se perde.
Nunca deveríamos ter medo dos nossos defeitos.
Basta reconhecermos nossos defeitos e eles com certeza embelezarão a mesa de alguém...
Das nossas fraquezas, devemos tirar nossa maior força...
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O Monge e o Escorpião
Há
um conto de um monge que certa vez transitava por uma estrada com os
discípulos dele, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo
arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na
água e tomou o bichinho na mão.
Quando
o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem
deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, tomou um ramo de
árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio,
colheu o escorpião e o salvou. Voltou o monge e juntou-se aos discípulos
na estrada.
Eles tinham assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.
-
Mestre deve estar muito doente! Por que foi salvar esse bicho ruim e
venenoso? Que se afogasse, seria um a menos. Veja como ele respondeu à
sua ajuda, picou a mão que o salvara. Não merecia sua compaixão!
O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu:
- Ele agiu conforme a natureza dele, e eu de acordo com a minha.
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A Lenda das Três Árvores
Havia no alto de uma montanha três árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes.
A primeira, olhando as estrelas, disse: "Eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros".
A segunda, olhando o riacho, suspirou: "Eu quero ser um navio grande para transportar reis e rainhas".
A
terceira olhou para o vale e disse: "Quero ficar aqui no alto da
montanha e crescer tanto que as pessoas, ao olharem para mim, levantem
os olhos e pensem em Deus".
Muitos
anos se passaram e certo dia três lenhadores cortaram as árvores que
estavam ansiosas em ser transformadas naquilo que sonhavam. Mas os
lenhadores não costumavam ouvir ou entender de sonhos... Que pena!
A primeira árvore acabou sendo transformada em um cocho de animais coberto de feno.
A segunda virou um simples barco de pesca,carregando pessoas e peixes todos os dias.
A terceira foi cortada em grossas vigas e colocada de lado num depósito.
Então, desiludidas e tristes, as três perguntaram: Por que isso?
Entretanto,
uma bela noite, cheia de luz e estrelas, uma jovem mulher colocou seu
bebê recém-nascido naquele cocho de animais. E de repente, a primeira
árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo.
A
segunda árvore estava transportando um homem que acabou por dormir no
barco em que se transformara. E quando uma tempestade quase afundou o
barco, o homem levantou-se e disse: "Paz!"
E num relance, a segunda árvore entendeu que estava transportando o rei do céu e da terra!
Tempos
mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas
vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela. Logo
sentiu-se horrível e cruel. Mas, no domingo seguinte, o mundo vibrou de
alegria.
E
a terceira árvore percebeu que nela havia sido pregado um homem para a
salvação da humanidade e que as pessoas sempre se lembrariam de Deus e
de seu filho ao olharem para ela.
As árvores haviam tido sonhos e desejos. Mas sua realização foi mil vezes maior do que haviam imaginado.
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As Três Peneiras...
Olavo foi transferido de projeto.
Logo no primeiro dia, para fazer média com o novo chefe, saiu-se com esta:
- Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram que ele...
Nem chegou a terminar a frase, e o chefe, aparteou:
-Espere um pouco, Olavo. O que vai me contar já passou pelo crivo das Três Peneiras...
- Peneiras Que Peneiras, Chefe?
- A primeira, Olavo, é a da VERDADE.
Você tem certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro?
- Não. Não tenho, não. Como posso saber O que sei foi o que me contaram. Mas eu acho que...
E, novamente, Olavo é interrompido pelo chefe:
- Então sua história já vazou a primeira peneira.
Vamos então para a segunda peneira que é a da BONDADE. O que você vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
- Claro que não! Deus me livre, Chefe! - diz Olavo, assustado.
- Então, - continua o chefe - sua história vazou a segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira, que é a da NECESSIDADE. Você acha mesmo necessário me contar esse fato ou mesmo passá-lo adiante?
- Não chefe. Pensando desta forma, vi que não sobrou nada do que eu iria contar - fala Olavo, surpreendido.
-Pois é Olavo! Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras. - diz o chefe sorrindo e continua:
- Da próxima vez em que surgir um boato por ai, submeta-o ao crivo das Três Peneiras: VERDADE - BONDADE - NECESSIDADE
Antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante, porque:
PESSOAS INTELIGENTES FALAM SOBRE IDÉIAS
PESSOAS COMUNS FALAM SOBRE COISAS
PESSOAS MESQUINHAS FALAM SOBRE PESSOAS
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A Flor da Honestidade
Certa
vez um príncipe que queria se casar e então decidiu fazer uma disputa
entre as moças da cidade para ver quem seria sua esposa.
No dia seguinte, o príncipe anunciou que lançaria um desafio.
Uma
velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os sobre os
preparativos, ficou triste, pois sua filha amava em secreto o belo
príncipe.
Ao chegar a casa e contar sobre o desafio a jovem disse que também disputaria casar com o príncipe.
A senhora perguntou surpresa:
- Minha filha, o que você vai fazer lá ? As mais belas e ricas moças da cidade estarão disputando.
Mas a jovem não desistiu.
Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio:
-
Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis
meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura
princesa.
O
tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade na arte da
jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, para
poder realizar o seu sonho de casar com o príncipe.
Passaram-se três meses e nada surgiu.
A jovem tentava de tudo, usava de todos os métodos que conhecia, mas nada crescia.
Dia após dia. Seis meses se passaram e nada havia brotado.
Consciente
do seu esforço e dedicação a moça comunicou a sua mãe que, independente
da semente não ter brotado, ela voltaria ao palácio, na data e hora
combinadas, para ao menos ficar ao lado do príncipe.
Na
hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, e as outras pretendentes,
cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas
e cores.
Finalmente o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção.
Após
passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela e
humilde jovem, que estava com o vaso vazio, como sua futura esposa.
As
pessoas presentes ficaram surpresas e revoltadas. Ninguém entendeu
porque ele escolheu justamente a moça que não tinha cultivado nada.
Então, calmamente o príncipe esclareceu:
-
Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar
uma princesa. A flor da honestidade. Pois todas as sementes que
entreguei eram estéreis.
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A Vaquinha
Um
mestre da sabedoria passava por uma floresta com seu fiel discípulo,
quando avistou, ao longe, um sítio de aparência pobre e resolveu fazer
uma breve visita. Durante o percurso ele falou ao aprendiz sobre a
importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos,
mesmo com as pessoas que mal conhecemos.
Chegando
ao sítio, constatou a pobreza do lugar. Sem saneamento, casa de
madeira. Os moradores, um casal e cinco filhos, estavam vestidos com
roupas rasgadas e sujas.
O Mestre aproximou-se do senhor, aparentemente o pai daquela família, e perguntou:
– Neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho. Como o senhor e a sua família sobrevivem?
E o senhor calmamente respondeu:
–
Nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias.
Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por
outros gêneros de alimentos, e a outra parte, produzimos queijo e
coalhada para nosso consumo. Assim vamos sobrevivendo.
O
Mestre agradeceu a informação, contemplou o lugar por alguns momentos,
despediu-se e foi embora. No meio do caminho, voltou-se para seu fiel
discípulo e ordenou:
– Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e empurre-a, jogue-a lá embaixo.
O
jovem arregalou os olhos espantado e questionou o mestre sobre o fato
da vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família, mas, como
percebeu o silêncio absoluto do Mestre, cumpriu a ordem. Empurrou a
vaquinha precipício abaixo e a viu morrer.
Aquela
cena ficou marcada em sua memória durante anos. Atormentado pela cena,
resolveu largar tudo o que estava fazendo, muitos anos depois, e voltou
àquele lugar decidido a contar tudo e implorar perdão à família.
Ao
se aproximar do local, avistou um sítio muito bonito, com árvores
floridas, todo murado, carros na garagem e algumas crianças brincando no
jardim. Sentiu-se triste e desesperado imaginando o triste fim que
tivera aquela humilde família, após o fatal “acidente” com a vaquinha.
Ao
chegar no portão, foi recebido por um caseiro muito simpático e
perguntou sobre a família que ali morava há alguns anos atrás.
O caseiro respondeu:
– Continuam morando aqui.
Espantado,
ele entrou correndo na casa e viu que era mesmo a família que visitara
antes com o Mestre. Elogiou o local e perguntou ao homem:
– Como o senhor melhorou este sítio e está tão bem de vida agora?
O senhor entusiasmado, respondeu:
–
Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. A partir de
então, tivemos que fazer outras coisas, desenvolver novas habilidades
que não sabíamos possuir, e assim alcançamos o sucesso que seus olhos
vislumbram agora.
“Todos
nós temos uma vaquinha que nos dá alguma coisa básica para a
sobrevivência e convivência com a rotina. Descubra qual a sua. Aproveite
este momento e empurre sua vaquinha precipício abaixo.”
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As Duas Jóias
Narra
antiga lenda árabe, que um rabino, religioso dedicado, vivia muito feliz com
sua família.
Esposa
admirável e dois filhos queridos.
Certa
vez, por imperativos da religião, o rabino empreendeu longa viagem
ausentando-se do lar por vários dias.
No
período em que estava ausente, um grave acidente provocou a morte dos dois
filhos amados.
A
mãezinha sentiu o coração dilacerado de dor.
No
entanto, por ser uma mulher forte, sustentada pela fé e pela confiança em Deus,
suportou o choque com bravura.
Todavia,
uma preocupação lhe vinha a mente: como dar ao esposo a triste notícia?
Sabendo-o
portador de insuficiência cardíaca, temia que não suportasse tamanha comoção.
Lembrou-se
de fazer uma prece. Rogou a Deus auxílio para resolver a difícil questão.
Alguns
dias depois, num final de tarde, o rabino retornou ao lar.
Abraçou
longamente a esposa e perguntou pelos filhos...
Ela
pediu para que não se preocupasse.
Que
tomasse o seu banho, e logo depois ela lhe falaria dos moços. Alguns minutos
depois, estavam ambos sentados à mesa.
Ela
lhe perguntou sobre a viagem, e logo ele perguntou novamente pelos filhos.
A
esposa, numa atitude um tanto embaraçada, respondeu ao marido:
-
Deixe os filhos. Primeiro quero que me ajude a resolver um problema que
considero grave.
O
marido, já um pouco preocupado perguntou:
-
O que aconteceu? Notei você abatida! Fale! Resolveremos juntos, com a ajuda de
Deus.
-
Enquanto você esteve ausente, um amigo nosso visitou-me e deixou duas jóias de
valor incalculável, para que as guardasse. São jóias muito preciosas! Jamais vi
algo tão belo! O problema é esse! Ele vem buscá-las e eu não estou disposta a
devolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. O que você me diz?
-
Ora mulher! Não estou entendendo o seu comportamento! Você nunca cultivou
vaidades!... Por que isso agora?
-
É que nunca havia visto jóias assim! São maravilhosas!
-
Podem até ser, mas não lhe pertencem! Terá que devolvê-las.
-
Mas eu não consigo aceitar a idéia de perdê-las!
E
o rabino respondeu com firmeza: ninguém perde o que não possui. Retê-las
equivaleria a roubo!
-
Vamos devolvê-las, eu a ajudarei. Faremos isso juntos, hoje mesmo.
-
Pois bem, meu querido, seja feita a sua vontade. O tesouro será devolvido.
Na
verdade isso já foi feito. As jóias preciosas eram nossos filhos.
-
Deus os confiou a nossa guarda, e durante a sua viagem veio buscá-los.
Eles
se foram...
O
rabino compreendeu a mensagem.
Abraçou
a esposa, e juntos derramaram muitas lágrimas.
Quantas
vezes tomamos posse de algo que não nos pertence???
Talvez
nossas vidas fossem muito mais calmas se entendêssemos que tudo que temos foi
concedido por Deus...
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A História do Pato
Havia dois irmãos que visitavam
seus avós no sítio, nas férias.
Felipe, o menino, ganhou um
estilingue para brincar no mato. Praticava sempre, mas nunca conseguia acertar
o alvo.
Certa tarde, viu o pato de
estimação da vovó... Em um impulso atirou e acabou acertando o pato na cabeça e
o matou. Ele ficou chocado e triste!
Entrou em pânico e escondeu o
pato morto no meio da madeira! Beatriz, a sua irmã viu tudo mas não disse nada
aos avós.
Após o almoço no dia seguinte, a
avó disse: "Beatriz, vamos lavar a louça?"
Mas ela disse: "Vovó, o
Filipe me disse que queria ajudar na cozinha". E olhando para ele
sussurrou: "Lembra do pato?" Então o Felipe lavou os pratos.
Mais tarde o vovô perguntou se as
crianças queriam pescar e a vovó disse: "Desculpe, mas eu preciso que a
Beatriz me ajude a fazer o jantar." Beatriz apenas sorriu e disse,
"Está bem, mas o Filipe me disse que queria ajudar a fazer o jantar
hoje", e sussurrou novamente para ele, "Lembra do pato?" Então a
Beatriz foi pescar e Filipe ficou para ajudar.
Após vários dias o Filipe sempre
ficava fazendo o trabalho da Beatriz até que ele, finalmente não aguentando
mais, confessou para a avó que tinha matado o pato. A vovó o abraçou e disse:
"Querido, eu sei... eu estava na janela e vi tudo, mas porque eu te amo,
eu te perdoei. Eu só estava me perguntando quanto tempo você iria deixar a
Beatriz fazer você de escravo!"
Qualquer que seja o seu passado,
ou o que você tenha feito... (mentir, enganar, seus maus hábitos, ódio, raiva,
amargura, etc )... seja o que for... você precisa saber que Deus estava na
janela e viu tudo como aconteceu.
Ele conhece toda a sua vida...
Ele quer que você saiba que Ele te ama e que você já está perdoado. Ele está
apenas querendo saber quanto tempo você vai deixar o diabo fazer de você um
escravo.
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Parábola do Cachorrinho
(Autor desconhecido)
O dono de uma loja estava
colocando um anúncio na porta: “Cachorrinhos à venda”. Esse tipo de anúncio
sempre atrai as crianças, e logo um menininho apareceu na loja perguntando:
– Qual é o preço dos
cachorrinhos?
O dono respondeu: – Entre R$
30,00 e R$ 50,00.
O menininho colocou a mão em seu
bolso e tirou umas moedas: – Só tenho R$2,37… posso vê-los?.
O homem sorriu e assobiou.
De trás da loja saiu sua cachorra
correndo seguida pôr cinco cachorrinhos.
Um dos cachorrinhos estava
ficando consideravelmente para trás.
O menininho imediatamente apontou
o cachorrinho que estava mancando.
- O que aconteceu com esse
cachorrinho??? - perguntou.
O homem lhe explicou que quando o
cachorrinho nasceu, o veterinário lhe disse que tinha uma perna defeituosa e
que andaria mancando pelo resto de sua vida.
O menininho se emocionou muito e
exclamou: – Esse é o cachorrinho que eu quero comprar!
E o homem respondeu: – Não, você
não vai comprar esse cachorro, se você realmente o quer, eu te dou de presente.
O menininho não gostou, e olhando
direto nos olhos do homem lhe disse:
- Eu não quero que você me dê de
presente.
Ele vale tanto quanto os outros
cachorrinhos e eu pagarei o preço completo.
Agora vou lhe dar meus R$ 2,37 e
a cada mês darei R$ 0,50 até que o tenha pago por completo.
O homem respondeu: – Você não
quer de verdade comprar esse cachorrinho, filho. Ele nunca será capaz de
correr, saltar e brincar como os outros cachorrinhos. O menininho se agachou e
levantou a perna de sua calça para mostrar sua perna esquerda, cruelmente
retorcida e inutilizada, suportada por um grande aparato de metal.
Olhou de novo o homem e lhe
disse: – Bom, eu também não posso correr muito bem, e o cachorrinho vai
precisar de alguém que o entenda.
O homem estava agora envergonhado
e seus olhos se encheram de lágrimas… sorriu e disse:
- Filho, só espero e rezo para
que cada um destes cachorrinhos tenham um dono como você.
Moral: Na vida não importa como
és, mas que alguém te aprecie pelo que és, e te aceite e te ame
incondicionalmente.
Um verdadeiro amigo é aquele que
chega quando o resto do mundo já se foi…
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A Renovação da Águia
A águia é a ave que possui maior
longevidade da espécie. Chega a viver setenta anos.
Mas para chegar a essa idade, aos
quarenta anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão. Aos quarenta ela
está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar suas presas
das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontando contra
o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas,
e voar já é tão difícil!
Então a águia só tem duas
alternativas: Morrer, ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá
durar cento e cinquenta dias.
Esse processo consiste em voar
para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde
ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a
bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo.
Após arrancá-lo, espera nascer um
novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas
começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E só cinco meses depois
sai o formoso vôo de renovação e para viver então mais trinta anos.
Em nossa vida, muitas vezes,
temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação.
Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças,
costumes, velhos hábitos que nos causam dor.
Somente livres do peso do
passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que a renovação sempre nos
traz.
"Se alguém está com Cristo é
uma nova criatura; as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez
novo." – 2 Coríntios 5,17
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O Presente
Nada na vida acontece em vão ...
Se um dia ao acordar, você
encontrasse, ao lado da sua cama, um lindo pacote embrulhado com fitas
coloridas, você o abriria, antes mesmo de lavar o rosto, rasgando o papel,
curioso para ver o que havia dentro...
Talvez houvesse ali algo de que
você nem gostasse muito... Então você guardaria a caixa, pensando no que fazer
com aquele presente aparentemente "inútil"...
Mas no dia seguinte, lá está
outra caixa... mais uma vez, você abre correndo e dessa vez há alguma coisa da
qual você gosta muito...
Uma lembrança de alguém distante,
uma roupa que você viu na vitrine, a chave de um carro novo, um casaco para os
dias de frio ou simplesmente um ramo de flores de alguém que se lembrou de
você...
E isso acontece todos os dias,
mas nós nem percebemos...
Todos os dias quando acordamos,
lá está, à nossa frente, uma caixa de presentes enviada por Deus, especialmente
para nós: um dia inteirinho para usarmos da melhor forma possível!
Às vezes ele vem cheio de
problemas, coisas que não conseguimos resolver, tristezas, decepções,
lágrimas...
Mas outras vezes, ele vem cheio
de surpresas boas, alegrias, vitórias e conquistas...
O mais importante é que, todos os
dias, Deus embrulha para nós, enquanto dormimos, com todo o carinho, nosso
presente: O DIA SEGUINTE!
Ele cerca nosso dia com fitas
coloridas, não importa o que esteja por vir... a esse dia quando acordamos,
chamamos PRESENTE...
O PRESENTE de Deus pra nós.
Nem sempre Ele nos manda o que
esperamos, o que queremos...
Mas Ele sempre, sempre e sempre,
nos manda o melhor, o de que precisamos, e que é sempre muito mais do que
merecemos...
Abra seu PRESENTE todos os dias,
primeiro agradecendo a quem o mandou, sem se importar com o que vem dentro do
"pacote“.
Sem dúvida, Ele não se engana na
remessa dos pacotes.
Se não veio hoje o PRESENTE que
você esperava, espere...
Abra o de amanhã com mais
carinho, pois a qualquer momento, os sonhos e planos de Deus pra você chegarão,
embrulhadinhos pra PRESENTE!
DEUS não atende as nossas
vontades, e sim nossas necessidades.
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Amigos
Um jovem recém casado estava
sentado num sofá num dia quente e úmido, bebericando chá gelado durante uma
visita ao seu pai. Ao conversarem sobre a vida, o casamento, as
responsabilidades da vida, as obrigações da pessoa adulta, o pai remexia
pensativamente os cubos de gelo no seu copo e lançou um olhar claro e sóbrio
para seu filho.
- Nunca se esqueça de seus
amigos, aconselhou! Serão mais importantes na medida em que você envelhecer.
Independentemente do quanto você ame sua família, os filhos que porventura
venham a ter, você sempre precisará de amigos..
Lembre-se de ocasionalmente ir a
lugares com eles; faça coisas com eles; telefone para eles...
Que estranho conselho! Pensou o
jovem.. Acabo de ingressar no mundo dos casados. Sou adulto. Com certeza minha
esposa e a família que iniciaremos serão tudo que necessito para dar sentido à
minha vida!
Contudo, ele obedeceu ao pai.
Manteve contato com seus amigos e anualmente aumentava o número de amigos. Na
medida em que os anos se passavam, ele foi compreendendo que seu pai sabia do
que falava. Na medida em que o tempo e a natureza realizam suas mudanças e
mistérios sobre um homem, amigos são baluartes de sua vida.
Passados 50 anos, eis o que
aprendi:
O Tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa..
As crianças crescem.
Os empregos vão e vêm.
O amor fica mais frouxo.
As pessoas não fazem o que
deveriam fazer.
O coração se rompe.
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.
MAS... os verdadeiros amigos
estão lá, não importa quanto tempo e quantos quilômetros estão entre vocês.
Um amigo nunca está mais distante
do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você, intervindo em seu favor
e esperando você de braços abertos, abençoando sua vida!
Quando iniciamos esta aventura
chamada VIDA, não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam
adiante. Nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.
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Não consigo, Pai!
(Peter Ribes)
Certo dia, o menino 10 anos e seu
pai faziam uma horta atrás da casa quando deparam-se diante de uma grande
pedra.
-Teremos que removê-la- disse o
pai.
-Deixa que eu faço-respondeu
Davi, procurando curando ser solícito. Ele tentou empurrá-la até perder o
fôlego, mas a pedra permanecia no lugar.
-Não consigo- disse, admitindo sua derrota.
-Acho que consegue, se você
tentar tudo que lhe vier à mente-respondeu o pai.
Davi tentou de novo até sentir os braços
doerem.
- Não consigo. Realmente não consigo, pai.
Tentei o máximo que pude e ela nem saiu do lugar.
- Será que você pensou mesmo em tudo?-
perguntou o pai com delicadeza. Davi acenou que sim, mas seu pai balançou a
cabeça.
- Não, você esqueceu-se de fazer uma coisa. Se
você a fizer, você conseguirá remover a pedra.
- O que eu esqueci?- perguntou Davi, perplexo.
Seu pai sorriu e disse:
-Eu estou aqui. Você poderia ter pedido minha
ajuda.
-Pai, você me ajuda?
Pai e filho aplicaram toda a força do corpo contra a rocha e começaram
empurrá-la. Aos poucos, conseguiram afastá-la da horta. Davi ria de felicidade.
- Conseguimos pai! Conseguimos!
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Acreditar e Agir
(Autor desconhecido)
Um viajante ia caminhando em solo
distante, as margens de um grande lago de águas cristalinas. Seu destino era a
outra margem.
Suspirou profundamente enquanto
tentava fixar o olhar no horizonte.
A voz de um homem coberto de
idade, um barqueiro, quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para
transportá-lo.
O pequeno barco envelhecido, no
qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de
carvalho.
Logo seus olhos perceberam o que
pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do
barco, o viajante pode observar que se tratava de duas palavras, num deles
estava entalhada a palavra ACREDITAR e no outro AGIR.
Não podendo conter a curiosidade,
o viajante perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos. O
barqueiro respondeu pegando o remo chamado ACREDITAR e remando com toda força.
O barco, então, começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava. Em
seguida, pegou o remo AGIR e remou com todo vigor. Novamente o barco girou em
sentido oposto, sem ir adiante.
Finalmente, o velho barqueiro,
segurando os dois remos, remou com eles simultaneamente e o barco, impulsionado
por ambos os lados, navegou através das águas do lago chegando ao seu destino,
à outra margem.
Então o barqueiro disse ao
viajante:
- Esse porto se chama
autoconfiança. Simultaneamente, é preciso ACREDITAR e também AGIR para que
possamos alcançá-lo!
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A Loja de Deus
Certo dia uma moça entra na loja
de Deus, e vê um anjo no balcão.
Maravilhada, pergunta: “Santo
anjo do Senhor, o que vendes?”.
“Todos os dons de Deus”,
respondeu.
“Custam muito?” - perguntou.
“São todos de graça”.
A moça contemplou a loja e viu
jarros de sabedoria, vidros de fé, pacotes de esperança, caixinhas de salvação,
potes de amor.
Tomou coragem e pediu: “Por
favor, santo anjo, quero muito amor, todo o perdão, um vidro de fé, bastante
felicidade e salvação para mim e para toda a minha família”.
Então, o anjo preparou um
pacotinho, tão pequeno que cabia na palma da mão.
Surpresa, a moça pergunta:
“Mas... como é possível estar tudo aqui?”.
Ele responde: “Minha querida
irmã, na loja de Deus não vendemos frutos. Apenas sementes!”.
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A Parábola do Cavalo
Um fazendeiro que lutava com
muitas dificuldades possuía alguns cavalos para ajudar nos trabalhos em sua
pequena fazenda.
Um dia, seu capataz veio trazer a
notícia de que um dos melhores cavalos havia caído num velho poço abandonado.
O poço era muito profundo e seria
extremamente difícil tirar o cavalo de lá.
O fazendeiro foi rapidamente até
o local do acidente, avaliou a situação, certificando-se de que o animal não se
havia machucado.
Todavia, pela dificuldade e alto
custo para retirá-lo do fundo do poço, achou que não valia a pena investir na
operação de resgate.
Tomou, então, a difícil decisão:
determinou ao capataz que sacrificasse o animal jogando terra no poço até
enterrá-lo, ali mesmo.
E assim foi feito.
Os empregados, comandados pelo
capataz, começaram a lançar terra para dentro do buraco de forma a cobrir o
cavalo, mas, à medida que a terra caía em seu dorso, o animal a sacudia e ela
se ia acumulando no fundo, possibilitando ao cavalo ir subindo.
Logo os homens perceberam que o
cavalo não se deixava enterrar, mas, ao contrário, estava subindo à medida que
a terra enchia o poço, até que, finalmente, conseguiu sair!
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A Vizinha
Em uma cidade existia uma mulher
que morava sozinha, e tinha como vizinhos um casal de idosos.
Então esta mulher lavava as
roupas, e as colocavam em seu varal e a senhora idosa, lá de dentro da casa
dela, olhava as roupas no varal, e dizia ao marido dela:
- Olha velho, como aquela vizinha
é desmazelada... as roupas dela... ela lava e ficam todas sujas!
E o velho sentado em sua cadeira
de balanço, ficava quieto e não fazia comentários sobre aquilo ali.
Então a vizinha tornou a lavar as
roupas e colocá-las no varal, e a velha sentada na cadeira de dentro da casa
dela, comentou novamente com o velho:
- Olha, velho, aquela vizinha é
muito porca, ela lava as roupas e ficam todas sujas, como que pode ser assim?
E o velho sempre lendo seu
jornal, preferia não comentar. Então, um dia, o velho indignado com sua esposa,
levantou-se mais cedo.
A velha nem perguntou o porque.
Então a vizinha lavou todas as
roupas brancas, e deixou-as limpas, como nunca, e a velha sentada em sua
cadeira fazendo tricô, e o velho lendo o jornal.
A velha comentou:
- Olha, velho, parece que a
vizinha fez algum curso para aprender a lavar as roupas, ou então alguém lavou
as roupas pra ela, as roupas estão branquinhas.
O velho levantou-se colocou o
jornal em sua cadeira e disse para a velha:
- Não foi a vizinha que fez
curso, e ninguém lavou as roupas dela, hoje quando levantei mais cedo, lavei as
janelas daqui de casa.
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Conselhos
Dona Maria era
uma senhora de 92 anos, elegante, bem vestida e penteada.
Estava de
mudança para uma casa de repouso pois o marido, com quem vivera 70 anos, havia
morrido e ela ficara só...
Depois de
esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo
sorriso quando uma atendente veio dizer que seu quarto estava pronto.
A caminho de sua
nova morada, a atendente ia descrevendo o minúsculo quartinho, inclusive as
cortinas de chintz florido que enfeitavam a janela.
- Ah, eu adoro
essas cortinas - disse ela com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de
ganhar um filhote de cachorrinho.
- Mas a senhora
ainda nem viu seu quarto...
- Nem preciso
ver - respondeu ela. Felicidade é algo que você decide por princípio.
- E eu já decidi
que vou adorar!
É uma decisão
que tomo todo dia quando acordo.
Sabe, eu tenho
duas escolhas:
Posso passar o
dia inteiro na cama contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu
corpo que não funcionam bem... ou posso
levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem.
Cada dia é um
presente.
E enquanto meus
olhos abrirem, vou focalizá-los no novo dia e também nas boas lembranças que eu
guardei para esta época da vida.
A velhice é como
uma conta bancária: Você só retira daquilo que você guardou.
Portanto, lhe
conselho depositar um monte de alegria e felicidade
na sua Conta de
Lembranças.
E como você vê,
eu ainda continuo depositando.
Agora, se me
permite, gostaria de lhe dar uma receita.
1. Jogue fora todos os números não essenciais
para sua sobrevivência. Isso inclui idade, peso e altura. Deixe o médico se
preocupar com eles. Para isso ele é pago.
2. De preferência aos amigos alegres. Os
"baixo astral" puxam você para baixo.
3. Continue aprendendo. Aprenda mais sobre
computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa. Não deixe seu cérebro
desocupado. Uma mente sem uso é a oficina do diabo. E o nome do diabo é
Alzheimer.
4. Curta coisas simples.
5. Ria sempre, muito e alto. Ria até perder o
fôlego.
6. Lágrimas acontecem. Agüente, sofra e siga em frente. A única pessoa
que acompanha você a vida toda é VOCÊ mesmo. Esteja VIVO, enquanto você viver.
7. Esteja sempre rodeado daquilo que você gosta:
pode ser família, animais , lembranças, música, plantas, um hobby, o que for.
Seu lar é o seu refúgio.
8. Aproveite sua saúde. Se for boa, preserve-a.
Se está instável, melhore-a. Se está abaixo desse nível, peça ajuda.
9. Não faça viagens de remorsos. Viaje para o
shopping, para cidade vizinha, para um país estrangeiro, mas não faça viagens
ao passado.
10. Diga a quem você ama, que você realmente o ama,
em todas as oportunidades.
E LEMBRE-SE
SEMPRE QUE:
A vida não é medida
pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o
fôlego ...
de tanto rir ...
de surpresa ...
de êxtase ...
de felicidade!
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Construindo Pontes
Conta-se que,
certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por
um riacho, entraram em
conflito. Foi a primeira e grande desavença em toda uma vida
e trabalho lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro.
Durante anos
eles percorreram uma estrada estreita e muito comprida, que seguia ao longo do
rio para, ao final de cada dia, poderem atravessá-lo e desfrutar um da
companhia do outro. Apesar do cansaço, faziam a caminha com prazer, pois se
amavam.
Mas agora tudo
havia mudado. O que começara com um pequeno mal entendido finalmente explodiu
numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio. Numa
manhã, o irmão mais velho ouviu baterem em sua porta.
Ao abri-la notou
um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro na mão.
- Estou
procurando trabalho, disse ele. Talvez você tenha um pequeno serviço que eu
possa executar.
- Sim!, disse o
fazendeiro, claro que eu tenho trabalho para você. Veja aquela fazenda além do
riacho. É do meu vizinho. Na realidade, meu irmão mais novo. Nós brigamos e não
posso mais suportá-lo. - Vê aquela pilha
de madeira perto do celeiro? Quero que você construa uma cerca bem alta ao
longo do rio para que eu não precise mais vê-lo.
- Acho que
entendo a situação, disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos
que certamente farei o trabalho que lhe deixará satisfeito.
Como precisava
ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e
partiu. O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia medindo, cortando
e pregando. Já anoitecia quando terminou sua obra. O fazendeiro chegou da sua
viagem e seus olhos não podiam acreditar no que viam.
Não havia
qualquer cerca! Em vez da cerca havia uma ponte que ligava as duas margens do
riacho. Era realmente um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e
falou: - Você foi muito atrevido construindo essa ponte após tudo que lhe
contei!
No entanto, as
surpresas não haviam terminado. Ao olhar novamente para a ponte, viu seu irmão
aproximando-se da outra margem, correndo com os braços abertos. Por um instante
permaneceu imóvel de seu lado do rio. Mas, de repente, num só impulso, correu
na direção do outro e abraçaram-se chorando no meio da ponte.
O carpinteiro
estava partindo com sua caixa de ferramentas quando o irmão que o contratou
pediu-lhe emocionado:
- Espere! Fique
conosco mais alguns dias.
E o carpinteiro
respondeu:
- Eu adoraria
ficar, mas tenho muitas outras pontes para construir...
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O Eco
Um filho e um
pai caminhavam por uma montanha...
De repente, o
menino cai, machuca-se e grita: “Ai!!!!!”
Para sua
surpresa, escuta sua voz se repetindo em algum lugar da montanha. “Ai!!!!!”.
Curioso o menino
pergunta: “Quem é você?”.
E recebe uma
resposta: “Quem é você?”.
Contrariado
grita: “Seu covarde!”
E escuta como
resposta: “Seu covarde!”
O menino olha
para seu pai e pergunta, aflito: “O que é isso?”
O pai sorri e
fala: “Meu filho, preste atenção!”
Então o pai
grita em direção à montanha: “Eu admiro você!”.
A voz responde:
“Eu admiro você!”
De novo grita:
“Você é um campeão!”
A voz responde:
“Você é um campeão!”.
O menino fica
espantado, não entende.
E o seu pai
explica: “As pessoas chamam isso de eco, mas na verdade isso é a vida. A vida
lhe dá de volta tudo o que você diz, tudo o que você deseja de bem ou de mal
aos outros. A vida lhe devolverá toda blasfêmia, inveja, incompreensão, falta
de honestidade que você desejar aos outros, toda falta de carinho e de amor
para com as pessoas que o cercam. Nossa vida é simplesmente o reflexo dos
nossos atos e de nossas ações”.
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O Farmacêutico e a Criança
João era dono de
uma bem sucedida farmácia numa cidade do interior. Era um homem bastante
inteligente, mas não acreditava na existência de Deus ou de qualquer outra
coisa, além do seu mundo material.
Um certo dia,
ele estava fechando a farmácia quando chegou uma criança aos prantos, dizendo
que sua mãe estava passando mal e que se ela não tomasse o remédio logo iria
morrer.
Muito nervoso e,
após insistência da criança, resolveu reabrir a farmácia pra pegar o remédio.
Sua
insensibilidade perante aquele momento era tal que acabou pegando o remédio
mesmo no escuro e entregando a criança que agradeceu e saiu dali às pressas.
Minutos depois
percebeu que havia entregado o remédio errado pra criança e que se sua mãe o
tomasse seria morte instantânea.
Desesperado,
tentou alcançar a criança, mas não teve êxito.
Sem saber o que
fazer e com a consciência pesada, ajoelhou-se e começou a chorar e dizer que se
realmente existisse um Deus, que não o deixasse passar por assassino.
De repente,
sentiu uma mão a tocar-lhe o ombro esquerdo e ao virar deparou-se com a criança
a dizer: "Senhor, por favor, não brigue comigo, mas é que cai e quebrei o
vidro do remédio, dá pro senhor me dar outro?".
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O Frio Que Veio de Dentro
Seis homens
ficaram bloqueados numa caverna por uma avalanche de neve.
Teriam que
esperar até o amanhecer para poderem receber socorro.
Cada um deles
trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual eles se
aqueciam.
Se o fogo
apagasse, eles o sabiam, todos morreriam de frio antes que o dia clareasse.
Chegou a hora de
cada um colocar sua lenha na fogueira. Era a única maneira de poderem
sobreviver.
O primeiro homem
era um racista. Ele olhou demoradamente para os outros cinco e descobriu que um
deles tinha a pele escura. Então ele raciocinou consigo mesmo: "Aquele
negro! Jamais darei minha lenha para aquecer um negro". E guardou-as
protegendo-as dos olhares dos demais.
O segundo homem
era um rico avarento. Ele estava ali porque esperava receber os juros de uma
dívida. Olhou ao redor e viu, um círculo em torno do fogo bruxuleante, um homem
da montanha que trazia sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas
velhas e remendadas. Ele fez as contas do valor da sua lenha e, enquanto
mentalmente sonhava com o seu lucro, pensou: "Eu, dar a minha lenha para
aquecer um preguiçoso?"
O terceiro homem
era o negro. Seus olhos faiscavam de ira e ressentimento. Não havia qualquer
sinal de perdão ou mesmo aquela superioridade moral que o sofrimento ensinava.
Seu pensamento era muito prático: "É bem provável que eu precise desta
lenha para me defender. Além disso, eu jamais daria minha lenha para salvar
aqueles que me oprimem". E guardou suas lenhas com cuidado.
O quarto homem
era o pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os
perigos e os segredos da neve. Ele pensou: "Esta nevasca pode durar vários
dias, vou guardar minha lenha".
O quinto homem
parecia alheio a tudo. Era um sonhador. Olhando fixamente para as brasas, nem
lhe passou pela cabeça oferecer da lenha que carregava. Ele estava preocupado
demais com suas alucinações para pensar
em ser útil.
O último homem
trazia, nos vincos da testa e nas palmas calosas das mãos, os sinais de uma
vida de trabalho. Seu raciocínio era curto e rápido: "Esta lenha é minha.
Custou o meu trabalho. Não darei a ninguém nem mesmo o menor dos meus
gravetos".
Com estes
pensamentos, os seis homens permaneceram imóveis. A última brasa da fogueira se
cobriu de cinzas e finalmente apagou.
Ao alvorecer do
dia, quando os homens do socorro chegaram à caverna, encontraram seis cadáveres
congelados, cada qual segurando um feixe de lenha.
Olhando para
aquele triste quadro, o chefe da equipe de socorro disse: "O frio que os
matou não foi o frio de fora, mas o frio de dentro"
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O Importante é o Amor
Uma mulher saiu
de sua casa e viu três homens com longas barbas brancas sentados em frente a
sua casa. Ela não os reconheceu.
Ela disse: Acho
que não os conheço, mas devem estar com fome.
Por favor,
entrem e comam algo.
- O homem da
casa está? Perguntaram.
- Não, ela
disse, está fora. Então não podemos entrar - eles responderam.
A noite quando o
marido chegou, ela contou-lhe o que aconteceu.
- Vá diga que
estou em casa e convide-os a entrar. A mulher saiu e convidou-os a entrar.
- Não podemos
entrar juntos. Responderam. Por que isto? Ela quis saber. Um dos velhos
explicou-lhe: - Seu nome é Fartura. Ele disse apontando um dos seus amigos e
mostrando o outro, falou:
- Ele é o
Sucesso e eu sou o Amor.
E completou:
- Agora vá e discuta
com o seu marido qual de nós você quer em sua casa.
A mulher entrou
e falou ao marido o que foi dito.
Ele ficou
arrebatado e disse:
- Neste caso,
vamos convidar Fartura. Deixe-o vir e encher nossa casa de fartura.
A esposa
discordou:
- Meu querido,
por que não convidamos o sucesso?
A filha mais
velha do casal ouvia do outro canto da casa. Ela apresentou sua sugestão:
- Não seria
melhor convidar o Amor? Nossa casa então estará cheia de amor.
Atentando para o
conselho da cunhada, disse o marido para a esposa:
- Vá lá fora e
chame o Amor para ser nosso convidado.
A mulher saiu e
perguntou aos três homens:
- Qual de vocês
é o Amor? Por favor entre e seja nosso
convidado.
O Amor
levantou-se e seguiu em direção à casa. Os outros dois levantaram-se e
seguiram-no. Surpresa a senhora perguntou-lhes:
- Apenas
convidei o Amor, por que vocês entraram?
Os velhos homens
responderam juntos:
- Se você
convidasse a Fartura ou o Sucesso, os outros dois esperariam aqui fora, mas
como você convidou o Amor, onde ele for iremos com ele.
Onde há Amor, há
também fartura e sucesso!
_____________________________________________________
O Insulto
Lá, no longínquo
Oriente, vivia um grande mestre, já idoso. Apesar de sua idade, corria a lenda
de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um
guerreiro apareceu e começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras
em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos,
ofendendo inclusive seus ancestrais, mas o velho permaneceu impassível.
No final da
tarde, sentindo-se já exausto, o impetuoso guerreiro retirou-se. Desapontados
pelo fato de o mestre aceitar tantos insultos e provocações, os alunos
perguntaram:
- “Como o senhor
pôde suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, ao invés de
mostrar-se covarde diante de todos nós?”.
O mestre
respondeu:
- “Se alguém
chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o
presente?”.
- “A quem tentou
entregá-lo.” - respondeu um dos
discípulos.
- O mesmo vale
para a inveja, a raiva, e os insultos... - disse o mestre - “Quando não são
aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior
depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma. Só se
você permitir...”
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O Preço do Amor
Uma tarde, um
menino aproximou-se de sua mãe, que preparava o jantar, e entregou-lhe uma
folha de papel com algo escrito.
Depois que ela
secou as mãos e tirou o avental, ela leu:
* Cortar a grama
do jardim: R$ 10,00;
* Por limpar meu quarto esta
semana R$ 5,00;
* Por ir ao supermercado em seu
lugar R$ 5,00;
* Por cuidar de meu irmãozinho
enquanto você ia às compras R$ 3,00;
* Por tirar o lixo toda semana
R$ 7,00;
* Por ter um boletim com boas
notas R$ 25,00;
* Por limpar e varrer o quintal
R$ 5,00.
*
TOTAL DA DÍVIDA R$ 60,00
A mãe olhou o
menino, que aguardava cheio de expectativa.
Finalmente, ela
pegou um lápis e no verso da mesma nota escreveu:
* Por levar-te
nove meses em meu ventre e dar-te a vida: NADA
* Por tantas noites sem dormir,
curar-te e orar por ti: NADA
* Pelas preocupações e pelos
prantos que me causastes: NADA
* Pelo medo e pelas aflições que
me esperam por tua causa: NADA
* Por comidas, roupas e
brinquedos: NADA
* Por dedicar minha vida a ti,
adaptando meu trabalho, minha moradia, meu lazer: NADA
*
CUSTO TOTAL DE MEU AMOR: NADA
Quando o menino
terminou de ler o que sua mãe havia escrito tinha os olhos cheios de lágrimas.
Olhou nos olhos da mãe e disse: "Eu te amo, mamãe!"
Logo após, pegou
um lápis e escreveu com uma letra enorme:
"TOTALMENTE
PAGO!"
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O Último Dia
"Aquele era
seu último dia de vida, mas ele ainda não sabia disso".
Naquela manhã,
sentiu vontade de dormir um pouco mais. Estava cansado, tinha deitado muito
tarde e não havia dormido bem. Mas logo abandonou a idéia de ficar um pouco
mais na cama, e levantou-se, pensando nas muitas coisas que precisava fazer na
empresa. Lavou o rosto e fez a barba correndo, automaticamente. Não prestou
atenção no rosto cansado e nem nas olheiras escuras, resultado de noites mal
dormidas. Engoliu o café e saiu resmungando baixinho um "bom dia",
sem muita convicção. Desprezou os lábios da esposa, que se ofereciam para um
beijo de despedida. Não entendia porque ela se queixava tanto da ausência dele
e vivia pedindo mais tempo para ficarem juntos. Ele estava conseguindo manter o
elevado padrão de vida da família, não estava?
Isso não
bastava? Entrou no carro e saiu. Pegou o telefone celular e ligou para sua
filha. Sorriu quando soube que o netinho havia dado os primeiros passos.
Ficou sério
quando a filha lembrou-o de que há tempos ele não aparecia para ver o neto e o
convidou para almoçar.
Ele relutou
bastante: sabia que iria gostar muito de estar com o neto.
Mas não podia,
naquele dia, sair da empresa. Quem sabe no próximo final de semana?
Chegou à empresa
e mal cumprimentou as pessoas. A agenda estava lotada, e era muito importante
começar logo a atender seus compromissos, pois tinha plena convicção de que
pessoas de valor não desperdiçam seu tempo com conversa fiada. Na hora do
almoço, pediu à secretária para trazer um sanduíche e um refrigerante diet. O
colesterol estava alto, precisava fazer um check-up, mas isso ficaria para o
mês seguinte.
Começou a comer
enquanto lia alguns papéis que usaria na reunião da tarde.
Nem observou que
tipo de lanche estava mastigando.
Enquanto
relacionava os telefonemas que deveria dar, sentiu um pouco de tontura, a vista
embaçou. Lembrou-se do médico advertindo-o, alguns dias antes, quando tivera os
mesmos sintomas, de que estava na hora de fazer um check-up.
Mas ele logo
concluiu que era um mal estar passageiro, que seria resolvido com um café
forte, sem açúcar. Terminado o "almoço", escovou os dentes e voltou
ao trabalho.
"A vida
continua", pensou.
Mais papéis para
ler, mais decisões a tomar, mais compromissos a cumprir.
Saiu para uma
reunião, já meio atrasado. Não esperou o elevador.
Desceu as escadas
pulando os degraus de dois em
dois. Entrou no carro, deu a partida e, quando ia engatar a
marcha, sentiu de novo o mal estar e agora com uma dor forte no peito. O ar
começou a faltar... A dor foi aumentando... O carro desapareceu...
Os outros carros
também... Os pilares, as paredes, a porta, a claridade da rua, as luzes do
teto, tudo foi sumindo diante de seus olhos, ao mesmo tempo que surgiam cenas
de um filme que ele conhecia bem.
A esposa, o
netinho, a filha e, uma após outra, todas as pessoas de que mais gostava.
Por que mesmo
não tinha ido almoçar com a filha e o neto?
O que a esposa
tinha dito à porta de casa quando ele estava saindo, hoje de manhã?
A dor no peito
persistia, mas agora outra dor começava a perturbá-lo: a do arrependimento.
Ele não
conseguia distinguir qual era a mais forte: a da coronária entupida ou a de sua
alma rasgando.
Escutou o
barulho de alguma coisa quebrando dentro de seu coração, e de seus olhos
escorreram lágrimas silenciosas...
Queria viver,
queria ter mais uma chance, queria voltar para casa e beijar a esposa, abraçar
a filha, brincar com o neto...
Queria...
Queria... Mas não havia mais tempo!
Quantas pessoas
estão vivendo hoje seu último dia de existência na Terra e não sabem disso!
Certamente os compromissos profissionais, a limpeza da casa, as compras, os
pagamentos, outras pessoas farão.
Mas as questões
afetivas, as coisas do coração, somente cada um pode deixar em dia. Aquela visita a
um amigo, o abraço de ternura num familiar querido, um beijo carinhoso na
esposa ou esposo, uma palavra atenciosa a alguém que precisa, um tempo a mais
para dedicar aos amores...
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O Valor de Uma Hora
Um menino, com
voz tímida e olhos cheios de admiração pergunta ao pai quando retornava o trabalho: - Pai, quanto o
senhor ganha pôr hora?
O pai num
gesto severo respondeu:
- Escuta aqui
meu filho, isso nem a sua mãe sabe. Não amole, estou cansado!
Mas o filho
insiste: - Mais papai, por favor, diga
quanto o senhor ganha por hora?
A reação do
pai foi menos severa e respondeu: Três reais por hora.
- Então papai,
o senhor poderia me emprestar 1 real.
O pai cheio de
ira e tratando o filho com brutalidade, respondeu:
- Então essa
era a razão de querer saber quanto eu ganho?
Vá dormi e não
me amole mais! Já era noite, quando o
pai começou a pensar no que havia acontecido e sentiu-se culpado.
Talvez, quem
sabe, o filho precisasse comprar algo.
Querendo
avaliar sua consciência doída, foi até o quarto do menino e, em voz
baixa, perguntou: - Filho, está dormindo. - Não papai, o garoto
respondeu sonolento e choroso.
- Olha aqui
está o dinheiro que me pediu, 1 real.
Muito obrigado
papai! - Disse o filho, levantando-se e retirando mais 2 reais de uma caixinha que estava sob a cama.
- Agora já
completei, papai! Tenho 3 reais, poderia me vender uma hora de seu tempo?
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Os Ratos
Ao partir para
uma longa viagem, o superior do mosteiro deu aos monges a seguinte
recomendação:
- "Cuidem
do nosso mosteiro com carinho e austeridade, lembrando-se sempre de levar uma
vida simples, respeitando o nosso voto de ter apenas o necessário para a nossa
subsistência".
Dentro desse
espírito de pobreza, cada monge possuía nada mais do que uma túnica e um par de
sandálias.
Nem bem o
superior havia partido e o mosteiro foi atacado por uma praga de ratos vorazes,
que roíam tudo que encontravam pela frente, não lhes escapando sequer as
túnicas e as sandálias, únicas posses dos pobres monges.
-
"Precisamos arranjar uns gatos", disse um dos monges, obtendo
imediatamente a aprovação de todos para a sua idéia. Os gatos estavam vencendo
os ratos, mas tomavam muito leite. Assim, um dos monges sugeriu: - "Seria
muito bom se tivéssemos uma vaca..."
E novamente
todos concordaram com a idéia.
A vaca fornecia
leite com abundância para os gatos, mas também precisava de comer. E por isso
os monges resolveram formar um pasto, que para ser plantado e mantido precisou
de adubo e ferramentas, que eles providenciaram junto com um paiol que tiveram
de construir para armazenar as colheitas e um estábulo para os cavalos que
conseguiram para puxar os arados e fazer os transportes...
Passaram-se
longos anos e um dia, o superior voltou. No local onde julgava estar o
mosteiro, pareceu-lhe ser agora uma próspera fazenda, com um vasto rebanho e
muitas plantações.
O superior
aproximou-se da cerca e perguntou a alguém que estava por ali trabalhando se
ele sabia onde ficava o mosteiro. Ele disse que não sabia do que se tratava,
mas ofereceu-se para conduzi-lo até a administração da fazenda, onde certamente
poderiam lhe dar alguma informação.
Ao chegar à
imponente construção onde funcionava a sede da fazenda, o superior
imediatamente reconheceu um dos seus antigos monges e foi logo dizendo: -
"Mas o que vem a ser isso tudo? O que foi que vocês fizeram do nosso
mosteiro? Eu não lhes recomendei que levassem uma vida simples e sem
ostentação, tendo apenas o necessário para a sua subsistência?"
-
"Sim...mestre, sim, e era exatamente isso que estávamos fazendo. Mas aí os
ratos apareceram..."
Ratos é o que
não falta quando a gente está decidido a não crescer, quando quer encontrar de
todo jeito um motivo e uma boa explicação que "justifique" um
desempenho medíocre em termos de crescimento pessoal. Os ratos sempre vão estar
aí mesmo, por toda parte, em abundância e à nossa disposição, quando a gente
quer "provar" que não há outro jeito, que não há como ser ou fazer de
outra maneira.
A gente até que
queria, mas os ratos...
Crescimento pessoal é, em grande
parte, um trabalho de dedetização...
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Os Sapinhos
Era uma vez uma
corrida de sapinhos.
O objetivo era
atingir o alto de uma grande torre.
Havia no local
uma multidão assistindo.
Muita gente para
vibrar e torcer por eles.
Começou a
competição.
Mas como a
multidão não acreditava que os sapinhos pudessem alcançar o alto daquela torre,
o que mais se ouvia era:
- "Que
pena! Esses sapinhos não vão conseguir! Não vão conseguir".
E os sapinhos
começaram a desistir...
Mas havia um que
persistia e continuava a subida, em busca do topo.
A multidão
continuava gritando:
- "Pena!
Vocês não vão conseguir".
E os sapinhos
estavam mesmo desistindo um por um, menos aquele sapinho que continuava
tranqüilo, embora arfante.
Ao final da
competição, todos desistiram, menos ele.
A curiosidade
tomou conta de todos.
Queriam saber o
que tinha acontecido.
E assim, quando
foram perguntar ao sapinho como ele havia conseguido concluir a prova,
descobriram que ele era surdo.
Não permita que pessoas, com o
péssimo hábito de serem negativas, derrubem as melhores e mais sábias
esperanças de seu coração. Lembre-se sempre: há poder em nossas palavras e em
tudo o que pensamos.
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Os Segredos da Boa Comunicação
Uma sábia e
conhecida anedota árabe diz que, certa vez, um sultão sonhou que havia perdido
todos os dentes.
Logo que
despertou, mandou chamar um adivinho
para que interpretasse seu sonho.
- "Que
desgraça, senhor! Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa
Majestade".
- "Que
insolente! Como te atreves a dizer semelhante coisa? Fora daqui!!!”
O sultão chamou
os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites.
Mandou que trouxessem
outro adivinho e lhe contou sobre o sonho.
Este, após ouvir
o sultão com atenção, disse-lhe:
- "Excelso
senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de
sobreviver a todos os vossos parentes”.
A fisionomia do
sultão iluminou-se num sorriso e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo
adivinho.
Quando este saía
do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:
- "Não é
possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia
feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com
cem moedas de ouro".
-
"Lembra-te, meu amigo”... - respondeu o adivinho - “Tudo depende da
maneira de dizer...”
Um dos grandes desafios da
humanidade é aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas
vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra. Que a verdade deve ser
dita em qualquer situação, não resta dúvida, mas a forma com que ela é
comunicada é que tem provocado, em alguns casos, grandes problemas.
A verdade pode
ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém pode
ferir, provocando dor e revolta. Mas se a envolvermos em delicada embalagem e a
oferecemos com ternura, certamente será aceita com facilidade.
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Os Sete Pecados Capitais
Certo dia, um
casal ao chegar do trabalho encontrou algumas pessoas dentro de sua casa.
Achando que
eram ladrões, marido e mulher ficaram assustados, mas um homem forte e
saudável, com corpo de halterofilista disse:
- Calma
pessoal, nós somos velhos conhecidos e estamos em toda parte do mundo.
- Mas quem são
vocês? - pergunta a mulher.
- Eu sou a
preguiça - responde o homem másculo.
- Estamos aqui
para que vocês escolham um de nós para sair definitivamente da vida de vocês.
- Como pode
você ser a preguiça se tem um corpo de atleta que vive malhando e praticando
esportes? - indagou a mulher.
- A preguiça é
forte como um touro e pesa toneladas nos ombros dos preguiçosos. Com ela,
ninguém pode chegar a ser um vencedor.
Uma mulher
velha curvada, com a pele muito enrugada, que mais parecia uma bruxa diz:
- Eu, meus
filhos, sou a luxúria.
- Não é
possível! - diz o homem
- Você não pode
atrair ninguém com essa feiúra.
- Não há feiúra
para a luxúria, queridos. Sou velha
porque existo há muito tempo entre os homens. Sou capaz de destruir famílias
inteiras, perverter crianças e trazer doenças para todos, até a morte. Sou
astuta e posso me disfarçar na mais bela mulher.
E um
mau-cheiroso homem, vestindo roupas maltrapilhas, que mais parecia um mendigo,
diz: - Eu sou a cobiça, por mim muitos já mataram, por mim muitos abandonaram
famílias e pátria. Sou tão antigo quanto a luxúria, mas eu não dependo dela
para existir.
- E eu, sou a
gula! - diz uma lindíssima mulher com um corpo escultural e cintura finíssima.
Seus contornos eram perfeitos, e tudo no corpo dela tinha harmonia de forma e
movimentos.
Assustam-se os
donos da casa, e a mulher diz: - Sempre imaginei que a gula seria gorda.
- Isso é o que
vocês pensam! - responde ela. - Sou bela e atraente, porque se assim não fosse,
seria muito fácil livrarem-se de mim. Minha natureza é delicada, normalmente
sou discreta, quem tem a mim não se apercebe, mostro-me sempre disposta a
ajudar na busca da luxúria.
Sentado em uma
cadeira num canto da casa, um senhor, também velho, mas com o semblante
bastante sereno, com voz doce e movimentos suaves, diz:
- Eu sou a ira.
Alguns me conhecem como cólera. Tenho muitos milênios também. Não sou homem,
nem mulher, assim como meus companheiros que estão aqui.
- Ira? Parece
mais o vovô que todos gostariam de ter! - diz a dona da casa.
- E a grande
maioria me tem! - responde o vovô.
- Matam com
crueldade, provocam brigas horríveis e destroem cidades quando me aproximo. Sou
capaz de eliminar qualquer sentimento diferente de mim, posso estar em qualquer
lugar e penetrar nas mais protegidas casas. Pareço calmo e sereno para
mostrar-lhes que a Ira pode estar no aparentemente manso. Posso também ficar
contido no íntimo das pessoas sem me manifestar, provocando úlceras, câncer e
as mais temíveis doenças.
- Eu sou a
inveja. Faço parte da história do homem desde a sua criação - diz uma jovem que
ostentava uma coroa de ouro cravada de diamantes, usava braceletes de
brilhantes e roupas de fino pano, assemelhando-se a uma princesa rica e
poderosa.
- Como inveja,
se é rica e bonita e parece ter tudo o que deseja?- diz a mulher da casa.
- Há os que são
ricos, os que são poderosos, os que são famosos e os que não são nada disso, mas eu estou entre todos.
A inveja surge pelo que não se tem e o que não se tem é a felicidade.
Felicidade depende de amor, e isso é o que de mais carece a humanidade... Onde
eu estou, está também a tristeza.
Enquanto os
invasores se explicavam, um garoto, que aparentava cerca de cinco a seis anos,
brincava pela casa. Sorridente e de aparência inocente, característica das
crianças, sua face de delicados traços mostravam a plenitude da jovialidade,
olhos vívidos...
- E você, garoto,
o que faz junto a esses que parecem ser a personificação do mal?
O garoto
responde com um sorriso largo e olhar profundo: - Eu sou o orgulho.
- Orgulho? Mas
você é apenas uma criança! Tão inocente como todas as outras.
O semblante do
garoto tomou um ar de seriedade que assustou o casal, e ele então diz: - O
orgulho é como uma criança mesmo, mostra-se inocente e inofensivo, mas não se
enganem, sou tão destrutível quanto todos aqui, quer brincar comigo?
A preguiça
interrompe a conversa e diz: - Vocês devem escolher quem de nós sairá
definitivamente de suas vidas. Queremos uma resposta.
O homem da casa
responde: - Por favor, dêem dez minutos para que possamos pensar.
O casal se
dirige para seu quarto e lá fazem várias considerações.
Dez minutos
depois retornam.
- E então? -
pergunta a gula.
- Queremos que
o orgulho saia de nossas vidas.
O garoto olha
com um olhar fulminante para o casal, pois queria continuar ali. Porém,
respeitando a decisão dirige-se para a saída.
Os outros, em
silêncio, iam acompanhando o garoto quando o homem da casa pergunta: - Ei!
Vocês vão embora também?
O Menino, agora
com ar severo e com a voz forte de um orador experiente, diz: - Escolheram que
o orgulho saísse de suas vidas e fizeram a melhor escolha. PORQUE:
Onde não há
orgulho, não há preguiça pois os preguiçosos são aqueles que se orgulham de
nada fazerem para viver, não percebendo que na verdade vegetam.
Onde não há
orgulho, não há luxúria, pois os luxuriosos têm orgulho de seus corpos e
julgam-se merecedores.
Onde não há
orgulho, não há cobiça pois os cobiçosos têm orgulho das migalhas que possuem,
juntando tesouros na terra e invejando a felicidade alheia, não percebendo que
na verdade são instrumentos do dinheiro.
Onde não há
orgulho, não há gula, pois os gulosos se orgulham de suas condições e jamais
admitem que o são, arrumam desculpas para justificar a gula, não percebendo que
na verdade são marionetes dos desejos.
Onde não há
orgulho, não há ira, pois os irosos com facilidade destroem aqueles que,
segundo o próprio julgamento, não são perfeitos, não percebendo que na verdade
sua ira é resultado de suas próprias imperfeições.
Onde não há
orgulho, não há inveja, pois os invejosos sentem o orgulho ferido ao verem o
sucesso alheio seja ele qual for; precisam constantemente superar os demais nas
conquistas, não percebendo que na verdade são ferramentas da insegurança.
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Os Três Conselhos
Um casal de
jovens recém-casados era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior.
Um dia, o marido
fez a seguinte proposta à esposa: “Querida, eu vou sair de casa e vou viajar
para bem distante, vou arrumar um emprego e trabalhar até que eu tenha
condições de voltar e dar a você uma vida mais digna e confortável. Não sei
quanto tempo vou ficar longe de casa, só peço uma coisa: que você me espere e,
enquanto eu estiver fora, seja fiel a mim que eu serei fiel a você.
Assim sendo, o
jovem saiu.
Andou muitos
dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para
ajudar em sua fazenda. Ele se ofereceu para trabalhar, e foi aceito. Sendo
assim, pediu para fazer um pacto com o patrão e este aceitou. Ele disse:
“Patrão, eu peço só uma coisa para o senhor. Deixe-me trabalhar pelo tempo que
eu quiser e, quando eu achar que eu devo ir embora, o Senhor me dispensa das
minhas obrigações. Eu não quero receber logo o meu salário, peço que o Senhor o
coloque na poupança até o dia em que eu sair daqui. No dia em que eu sair, o
senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho”.
Tudo combinado,
aquele jovem trabalhou durante vinte anos, sem férias e sem descanso.
Depois de vinte
anos ele chegou para o seu patrão e lhe disse: “Patrão, eu quero o meu
dinheiro, pois estou voltando para a minha casa”.
O patrão então
lhe disse: “Tudo bem, nós fizemos um pacto e eu vou cumprir, só que antes eu
quero lhe fazer uma proposta, tudo bem?”
E o jovem disse
que poderia fazê-la.
O patrão lhe
disse: “Eu lhe dou todo o seu dinheiro e você vai embora ou eu lhe dou três
conselhos e não lhe dou o dinheiro e você vai embora. Se eu lhe der o dinheiro,
eu não lhe dou os conselhos e se eu lhe der os conselhos, eu não lhe dou o
dinheiro. Vai pro seu quarto, pensa durante a noite e depois você vem e me dá a
resposta”.
O rapaz pensou
durante dois dias e depois procurou o patrão e lhe disse: “Patrão eu quero os
três conselhos”.
O patrão lhe
disse: “Se eu lhe der os conselhos, eu não lhe dou o dinheiro”.
E o jovem lhe
disse: “Eu quero os conselhos”. O patrão então lhe falou:
01) Nunca tome atalhos em sua vida, caminhos
mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida.
02) Nunca seja curioso para aquilo que é mal,
pois a curiosidade pro mal pode ser mortal.
03) Nunca tome decisões em momentos de ódio e de
dor, pois você se pode arrepender e ser tarde demais.
Após dar os
três conselhos o patrão disse ao rapaz que já não era tão jovem assim: “Rapaz,
aqui você tem três pães, dois são para você comer durante a viagem e o terceiro
é para comer com a sua esposa, quando chegar em sua casa”.
O rapaz saiu
para seguir o seu caminho de volta para casa, depois de vinte anos longe de
casa e da esposa que ele tanto amava.
Andou durante o
primeiro dia e encontrou um viajante que o cumprimentou e lhe perguntou: “Pra
onde você vai?” Ele respondeu: “Vou para
um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por esta
estrada”. O viajante lhe disse: “Rapaz, esse caminho é muito longo, eu conheço
um atalho e você vai chegar em poucos
dias. O rapaz ficou contente e começou a seguir pelo atalho, quando se lembrou
do primeiro conselho do seu patrão:
01) “Nunca tome atalhos em sua vida, caminhos
mais curtos e desconhecidos podem custar
a sua vida”; então voltou e seguiu o seu
caminho. Dias depois ele soube que aquilo era uma emboscada. Depois de
alguns dias de viagem, achou uma pensão na beira da estrada onde pôde
hospedar-se. Pagou a diária e, após tomar um banho, deitou-se para dormir. De
madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor. Levantou-se de um salto
só e dirigiu-se à porta para ir até o local do grito. Quando estava abrindo a
porta, lembrou-se do segundo conselho:
02) “Nunca seja curioso para aquilo que é mal,
pois a curiosidade pro mal pode ser mortal”; Voltou, deitou-se e dormiu. Ao
amanhecer, apos tomar o café, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não
havia ouvido um grito e ele disse que tinha ouvido. O hospedeiro disse: “E você
não ficou curioso?” Ele disse que não. Então o hospedeiro lhe falou: “Você foi
o único que saiu vivo daqui, pois eu sou louco e grito durante a noite e,
quando o hóspede sai eu o mato”, e lhe mostrou vários cadáveres. O rapaz seguiu
a sua longa caminhada, ansioso por chegar a sua casa. Depois de muitos dias e
noites de caminhada, já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça da sua
casinha, andou e logo viu entre os
arbustos a silhueta da sua esposa. O dia estava escurecendo, mas ele pode ver
que a sua esposa não estava só. Andou mais um pouco e viu que a sua esposa tinha, sentado em seu colo,
um homem a quem ela estava acariciando os cabelos. Quando ele viu aquela cena o
seu coração se derreteu de ódio e amargura e ele decidiu correr ao encontro aos
dois e a matá-los sem piedade. Respirou fundo e apressou os passos, quando se
lembrou do terceiro conselho:
03) “Nunca tome decisões em momentos de ódio e
de dor, pois você se pode arrepender e ser tarde demais”. Então ele parou,
refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte ele tomaria
uma decisão.
Ao amanhecer, já
com a cabeça fria ele disse: “Não vou matar minha esposa e nem o seu amante.
Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta. Só que antes
eu quero dizer para a minha esposa que eu fui fiel a ela”.
Dirigiu-se à
porta da casa e bateu.
Quando a esposa
abre a porta e reconhece que é o seu marido, ela se atira ao seu pescoço e o
abraça afetuosamente. Ele tenta afastá-la, mas não consegue. Então com lágrimas
ele lhe diz: “Eu fui fiel a você e você me traiu”.
Ela, espantada,
lhe respondeu: “Como? Eu não o traí, antes o esperei durante esses vinte anos”.
Ele lhe
perguntou: “E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer?”
E ela lhe disse:
“Aquele homem é nosso filho. Quando você foi embora eu descobri que estava
grávida e hoje ele está com vinte anos de idade”.
Então o marido
entrou, conheceu e abraçou seu filho, contou-lhes toda a sua história, enquanto
a esposa preparava o café e, então, se sentaram para tomar o café e comer o
último pão.
Após a oração de
agradecimento e lágrimas de emoção ele parte o pão, e ao parti-lo, ali estava
todo o seu dinheiro!
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Os Verdadeiros Amigos
Um homem, seu
cavalo e seu cão, caminhavam por uma estrada.
Depois de muito
caminhar, esse homem se deu conta de que ele, seu cavalo e seu cão haviam
morrido num acidente. Às vezes os mortos levam tempo para se dar conta de sua
nova condição...
A caminhada era
muito longa, morro acima, o sol era forte e eles ficaram suados e com muita
sede. Precisavam desesperadamente de água.
Numa curva do
caminho, eles avistaram um portão todo magnífico, todo de mármore, que conduzia
a uma praça calçada com blocos de ouro, no centro da qual havia uma fonte de
onde jorrava água cristalina.
O caminhante
dirigiu-se ao homem que numa guarita, guardava a entrada.
- Bom dia! - ele
disse.
- Bom dia! -
respondeu o homem.
- Que lugar é
este, tão lindo? - Ele perguntou.
- Isto aqui é o
céu! - foi a resposta.
- Que bom que
nós chegamos ao céu, estamos com muita sede! - disse o homem.
- O senhor pode
entrar e beber água à vontade! - disse o guarda, indicando-lhe a fonte.
- Meu cavalo e
meu cachorro também estão com sede.
- Lamento muito...
- disse o guarda. - Aqui não se permite a entrada de animais.
O homem ficou
muito desapontado porque sua sede era grande. Mas ele não beberia, deixando
seus amigos com sede. Assim, prosseguiu seu caminho.
Depois de muito
caminharem morro acima, com sede e cansaço multiplicados, ele chegou a um
sítio, cuja entrada era marcada por uma porteira velha semi-aberta.
A porteira se
abria para um caminho de terra, com árvores dos dois lados que lhe faziam
sombra.
À sombra de uma
das árvores, um homem estava deitado, cabeça coberta com um chapéu, parecia que
estava dormindo:
- Bom dia! - disse
o caminhante.
- Bom dia! - disse
o homem.
- Estamos com
muita sede, eu, meu cavalo e meu cachorro.
- Há uma fonte
naquelas pedras! - disse o homem e indicando o lugar. - Podem beber à vontade.
O homem, o
cavalo e o cachorro foram até a fonte e mataram a sede.
- Muito
obrigado! - ele disse ao sair.
- Voltem quando
quiserem! - respondeu o homem.
- A propósito...
- disse o caminhante - qual é o nome deste
lugar?
- Céu. -
respondeu o homem.
- Céu? Mas o
homem na guarita ao lado do portão de mármore disse que lá era o céu!
- Aquilo não é
o céu, aquilo é o inferno.
O caminhante
ficou perplexo.
- Mas então...
- disse ele - essa informação falsa deve causar grandes confusões.
- De forma
alguma! - respondeu o homem - Na verdade, eles nos fazem um grande favor.
Porque lá ficam aqueles que são capazes de abandonar até seus melhores
amigos...
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Pegadas na Areia
Sonhei que
estava andando na praia com o Senhor e através do Céu passavam cenas de minha
vida.
Para cada cena
que passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia; um era o
meu, e o outro, do Senhor.
Quando a última
cena de minha vida passou diante de nós,
olhei para trás, para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes no caminho
da minha vida havia apenas um par de pegadas na areia.
Notei também que
isso aconteceu nos momentos mais
difíceis e angustiosos da minha vida.
Isso
aborreceu-me deveras, e então perguntei ao Senhor:
- Senhor,Tu me
disseste que, uma vez que eu resolvi Te seguir, Tu andarias sempre comigo, todo o caminho. Mas notei que durante
as maiores atribulações do meu viver havia na areia dos caminhos da vida apenas
um par de pegadas. Não compreendo porque nas horas em que eu mais necessitava
de Ti, Tu me deixastes.
O Senhor
respondeu:
- Meu precioso
irmão: Eu te amo e jamais te deixaria nas horas da tua prova e do teu sofrimento.
Quando vistes na areia apenas um par de pegadas, foi exatamente aí que EU TE
CARREGUEI EM MEUS BRAÇOS.
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Pontinho Preto
Conta-se que um
professor preparou sua aula estendendo um grande lençol branco numa das paredes
da sala.
À medida que os
alunos iam entrando, tinham sua curiosidade despertada por aquele objeto
estranho estendido bem à sua frente.
O professor
iniciou a aula perguntando a todos o que viam.
O primeiro que
se manifestou disse que via um pontinho negro, no que foi seguido pelos demais.
Todos conseguiram ver o pontinho negro que fora colocado, de propósito, no
centro do lençol branco.
Depois de
perguntar a todos se o ponto negro era a única coisa que viam e ouvir a
resposta afirmativa, o professor lançou outra questão:
- “Vocês não
estão vendo todo o resto do lençol? Vocês conseguem somente ver o pequeno ponto
preto, e não percebem a parte branca, que é muito mais extensa?”
Naquele momento
os alunos entenderam o propósito da aula: ensinar a ampliar e educar a visão
para perceber melhor o conjunto e não ficar atento somente aos pormenores ou às
coisas negativas.
Essa é, na
maior parte das vezes, a nossa forma de ver as pessoas e as situações que nos
rodeiam. Costumamos dar um peso exagerado às coisas ruins, e pouca importância
ao que se acontece de bom.
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Sons do Silêncio
Um rei mandou
seu filho estudar no templo de um grande mestre com o objetivo de prepará-lo
para ser uma grande pessoa.
Quando o
príncipe chegou ao templo, o mestre o mandou sozinho para uma floresta. Ele
deveria voltar um ano depois, com a tarefa de escrever todos os sons da
floresta.
Quando o
príncipe retornou ao templo, após um ano, o mestre lhe pediu para descrever
todos os sons que conseguira ouvir.
Então disse o
príncipe: "Mestre, pude ouvir o canto dos pássaros, o barulho das folhas,
o alvoroço dos beija-flores, a brisa batendo na grama, o zumbido das abelhas, o
barulho do vento cortando os céus..."
E ao terminar o
seu relato, o mestre pediu que o príncipe retornasse a floresta, para ouvir
tudo o mais que fosse possível.
Apesar de
intrigado, o príncipe obedeceu à ordem do mestre, pensando: "Não entendo,
eu já distingui todos os sons da floresta...
Por dias e
noites ficou sozinho ouvindo, ouvindo, ouvindo... mas não conseguiu destingir
nada de novo além daquilo que havia dito ao mestre”.
Porém, certa
manhã, começou a distinguir sons vagos, diferentes de tudo o que ouvira antes.
E quanto mais prestava atenção, mais claros os sons se tornavam. Uma sensação
de encantamento tomou conta do rapaz. Pensou: "Esses devem ser os sons que
o mestre queria que eu ouvisse..." E, sem pressa, ficou ali ouvindo e
ouvindo, pacientemente. Queria ter certeza de que estava no caminho certo.
Quando retornou
ao templo, o mestre lhe perguntou o que mais conseguira ouvir. Paciente e
respeitosamente o príncipe disse:
"Mestre,
quando prestei atenção pude ouvir o inaudível som das flores se abrindo, o som
do sol nascendo e aquecendo a terra e da grama bebendo o orvalho da noite...
O mestre
sorrindo, acenou com a cabeça em sinal de aprovação, e disse:
"Ouvir o
inaudível é ter a calma necessária para se tornar uma grande pessoa. Apenas
quando se aprende a ouvir o coração das pessoas, seus sentimentos mudos, seus
medos não confessados e suas queixas silenciosas, uma pessoa pode inspirar
confiança ao seu redor; entender o que está errado e atender as reais
necessidades de cada um. A morte do espírito começa, quando as pessoas ouvem
apenas as palavras pronunciadas pela boca, sem se atentarem ao que vai no
interior das pessoas para ouvir os seus sentimentos, desejos e opiniões reais.
É preciso, portanto, ouvir o lado inaudível das coisas, o lado não mensurado,
mas que tem o seu valor, pois é o lado mais importante do ser humano...”
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Sua Vida Muda Quando Você Muda
Um dia, quando
os funcionários chegaram para trabalhar encontraram na portaria um cartaz
enorme no qual estava escrito:
"Faleceu
ontem a pessoa que impedia seu crescimento na Empresa. Você está convidado para
o velório na quadra de esportes".
No início, todos
se entristeceram com a morte de alguém, mas, depois de algum tempo, ficaram
curiosos para saber quem estava bloqueando seu crescimento na empresa. A
agitação na quadra de esportes era tão grande que foi preciso chamar os
seguranças para organizar a fila do velório.
Conforme as
pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:
- Quem será que
estava atrapalhando o meu progresso?
- Ainda bem que
esse infeliz morreu!
Um a um, os
funcionários, agitados, aproximavam-se do caixão, olhavam o defunto e engoliam em seco. Ficavam no
mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma. Pois
bem, no visor do caixão havia um espelho... e cada um via a si mesmo... Só
existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: Você mesmo!
Você é a única
pessoa que pode fazer a revolução de sua vida.
Você é a única
pessoa que pode prejudicar a sua vida e, você é a única pessoa que pode ajudar
a si mesmo.
SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU
CHEFE MUDA,
QUANDO SUA EMPRESA MUDA,
QUANDO SEUS PAIS MUDAM,
SUA VIDA MUDA QUANDO VOCÊ MUDA!
VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR
ELA.
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Pregos na Cerca
Era uma vez um
menininho que tinha um mau temperamento.
Um dia o pai
lhe deu um saco de pregos e disse-lhe que, para cada vez que ele perdesse a
calma, deveria pregar um prego na cerca.
No primeiro
dia, o menino pregou 17!!!
Nas semanas
seguintes, como ele aprendeu a controlar seu temperamento, o número de pregos
pregados na cerca diminuiu gradativamente... Ele descobriu que era mais fácil
se conter do que pregar aqueles pregos na cerca.
Finalmente,
chegou o dia em que o menino não perdeu a calma mesmo. Ele então falou a seu
pai sobre isto e o pai sugeriu que o menino agora tirasse da cerca um prego por
cada dia que ele não perdesse a calma.
Os dias
passaram e o menininho estava finalmente pronto para dizer a seu pai que tinha
retirado todos os pregos da cerca.
O pai então o
pegou pela mão e foram até a cerca.
O pai disse:
“Você fez muito bem, meu filho, mas, veja só os buracos que restaram na cerca.
A cerca nunca mais será a mesma! Quando você fala algumas coisas com raiva,
elas deixam cicatrizes como estará aqui. Você pode enfiar a faca em alguém e
retirá-la. Não importa quantas vezes você diga desculpe, a ferida ainda estará
lá. Um ferimento verbal é a mesma coisa que um ferimento físico. Amigos são
como uma jóia preciosa, eles nos fazem sorrir e nos encorajam a suceder; eles
nos escutam, eles nos elogiam, e sempre querem abrir seus corações para nós”.
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Uma Lenda Judaica
Deus convidou
um rabino para conhecer o céu e o inferno.
Ao abrirem a
porta do inferno, viram uma sala em cujo centro havia um caldeirão onde se
cozinhava uma suculenta sopa. Em volta dele, estavam sentadas pessoas famintas
e desesperadas. Cada uma delas segurava uma colher de cabo tão comprido que lhe
permitia alcançar o caldeirão, mas não suas próprias bocas. O sofrimento era
imenso.
Em seguida,
Deus levou o Rabino para conhecer o céu. Entraram em uma sala idêntica a
primeira: Havia o mesmo caldeirão, as pessoas em volta e as colheres de cabo
comprido. A diferença é que todas as pessoas estavam saciadas.
- Eu não
compreendo. Disse o Rabino. - Porque aqui as pessoas estão felizes; Enquanto na
outra sala sofrem de aflição, se tudo é igual?
Deus sorriu e respondeu:
- Você não
percebeu? "É porque aqui elas aprenderam a alimentar uns aos outros”!!!
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Uma Pequena Tigela
Um frágil e
velho homem foi viver com seu filho, nora e o seu neto mais velho de quatro
anos.
As mãos do
velho homem tremiam, a vista era embaralhada e o seu passo era hesitante.
A família comeu
junto à mesa. Mas as mãos trêmulas do avô ancião e sua visão falhando, tornou
difícil o ato de comer. Ervilhas rolaram da colher dele sobre o chão. Quando
ele pegou seu copo, o leite derramou na toalha da mesa.
A bagunça
irritou fortemente seu filho e nora: "Nós temos que fazer algo para o
vovô", disse o filho. "Já tivemos bastante do seu leite derramado,
ouvindo-o comer ruidosamente, e muito de sua comida no chão".
Assim o marido
e esposa prepararam uma mesa pequena no canto da sala. Lá vovô comia sozinho,
enquanto o restante da família desfrutava do jantar.
Desde que o avô
tinha quebrado um ou dois pratos, a comida dele foi servida em uma tigela de
madeira.
Quando a
família olhava de relance na direção do vovô, às vezes percebia nele uma
lágrima em seu olho por estar só. Ainda assim, as únicas palavras que o casal
tinha para ele eram advertências acentuadas, quando ele derrubava um garfo ou
derramava comida.
O neto mais
velho de quatro anos assistiu a tudo em silêncio. Uma noite
antes da ceia, o pai notou que seu filho estava brincando no chão com sucatas
de madeira.
Ele perguntou
docemente para a criança: "O que você está fazendo?". Da mesma
maneira dócil, o menino respondeu: "Oh, eu estou fabricando uma pequena
tigela para você e mamãe comerem sua comida, quando eu crescer". O neto
mais velho de quatro anos sorriu e voltou a trabalhar.
As palavras do
menino golpearam os pais que ficaram mudos. Então lágrimas começaram a fluir em
seus rostos. Entretanto nenhuma palavra foi falada, ambos souberam o que devia
ser feito. Naquela noite o marido pegou a mão do vovô e com suavidade o
conduziu à mesa familiar. Para o resto de seus dias de vida, ele comeu sempre
com a família. E por alguma razão, nem marido nem esposa pareciam se preocupar
mais, quando um garfo era derrubado, ou leite derramado, ou a toalha da mesa havia
sujado.
As crianças são notavelmente
perceptivas. Os olhos delas sempre observam, suas orelhas sempre escutam, e
suas mentes sempre processam as mensagens que elas absorvem. Se elas nos vêem
pacientemente providenciar uma atmosfera feliz em nossa casa, para nossos
familiares, elas imitarão aquela atitude para o resto de suas vidas.
O pai sábio
percebe, diariamente, que o alicerce está sendo construído para o futuro da
criança. Sejamos sábios construtores de bons exemplos de comportamento de vida
em nossas funções.
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Lingerie
(Ann Wells)
Meu cunhado abriu a última gaveta da cômoda e retirou um pacote embrulhado com papel de seda.
"Isto",
ele disse, "não é combinação. Isto é uma lingerie."
Ele
desembrulhou e entregou-me a peça. Era linda, de seda, feita a mão e bordada
com rendas. A etiqueta de preço, com um desenho enorme, ainda estava afixada na
peça.
"Jan
comprou-a na primeira vez que estivemos em Nova Iorque, há uns 8
ou 9 anos atrás. Ela nunca usou-a. Ela estava guardando-a para uma ocasião
especial. Bem, acho que agora é a ocasião."
Ele pegou a
peça das minhas mãos e colocou-a na cama junto com as outras roupas que
separamos para levar à funerária. Ele acariciou a peça por um momento, bateu a
gaveta, virou-se para mim e disse:
"Nunca
guarde nada para uma ocasião especial. Todo dia é uma ocasião especial."
Fiquei
relembrando aquelas palavras durante o funeral e os dias que se seguiram,
quando os ajudei, ele e minha sobrinha, a superarem a tristeza que segue a uma
morte inesperada. Fiquei pensando neles durante o vôo de volta para a Califórnia.
Pensei em todas as coisas que a minha irmã não pode ver, ouvir ou fazer. Pensei
nas coisas que ela fez sem perceber como elas foram especiais.
Ainda continuo
pensando nas palavras dele, elas mudaram minha vida. Estou lendo mais e
espanando menos. Fico sentada na cadeira admirando a vista do jardim sem a
neura de ficar arrancando as ervas daninhas. Estou gastando mais tempo junto
com a minha família e amigos e menos tempo em reuniões de comitês.
Sempre que
possível, a vida deveria ser uma experiência a ser saboreada, e não uma prova.
Estou tentando reconhecer estes momentos e usufruí-los. Não estou
"guardando" nada; usamos todas as nossas porcelanas chinesas e os
cristais para todos os eventos especiais como: perder alguns quilos, consertar
um vazamento da pia, para a primeira florada das camélias. Visto o meu terno
preferido para ir ao mercado quando sinto vontade.
Minha teoria é:
se sinto que está sobrando dinheiro gasto U$ 28,49 em um pequeno pacote de
guloseimas sem pestanejar. Não estou guardando meu melhor perfume para festas
especiais; os caixas em lojas e atendentes em bancos tem narizes que funcionam
tão bem quanto os dos meus amigos de festas. "Algum dia" e "um
dia desses" estão perdendo a importância no meu vocabulário.
Se for útil ver,
ouvir e fazer, quero ver, ouvir e fazer agora. Não sei o que a minha irmã teria
feito se soubesse que estaria aqui para o amanhã a que todos nós fomos
permitidos. Acho que ela teria ligado para todos da família e a alguns amigos
íntimos. Poderia ter ligado para antigos amigos para se desculpar e reparar
brigas do passado sem importância. Penso que ela teria ido jantar em um
restaurante chinês, sua comida favorita. Estou supondo... Nunca saberei...
São essas
pequenas coisas deixadas sem fazer que me deixariam brava se soubesse que o meu
tempo seria limitado. Brava por ter, algum dia, cancelado encontros com bons
Amigos. Brava por não ter escrito cartas que pretendia ter escrito. Brava e
arrependida por não ter dito mais freqüentemente ao meu marido e a minha filha
o quanto eu realmente os amo.
Estou tentando
muito não adiar, impedir, ou guardar alguma coisa que proporcione alegria e
brilho a nossas vidas. E toda manhã quando abro meus olhos, digo a mim mesma
que isso é especial. Todo dia, todo minuto, todo suspiro é realmente... um
presente de Deus.
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A Lição dos Gansos
Quando um ganso
bate asas, cria um vácuo para o pássaro seguinte. Voando numa
formação em V, o bando inteiro tem o seu desempenho 71% melhor do que se a ave
voasse sozinha.
Lição 1: Pessoas que compartilham uma direção comum
e senso de comunidade podem atingir seus objetivos mais rápido e mais
facilmente, pois estão contando com ajuda de outros. Sempre que um ganso sai de
formação, sente subitamente a resistência por tentar voar sozinho e,
rapidamente, volta para a formação, aproveitando a aspiração da ave
imediatamente à sua frente.
Lição 2: Se tivermos tanta sensibilidade como um
ganso, permaneceremos em formação com aqueles que se dirigem para onde
pretendemos ir e nos dispomos a aceitar a sua ajuda, assim, como prestar a
nossa aos outros. Quando o ganso líder se cansa, muda para trás na formação e
imediatamente, um outro ganso assume seu lugar, voando para a posição de ponta.
Lição 3: É preciso acontecer um revezamento das
tarefas pesadas e dividir a liderança. As pessoas, assim como os gansos, são
dependentes uma das outras. Os gansos de trás, na formação, grasnam para
incentivar e encorajar os da frente a aumentar a velocidade.
Lição 4: Precisamos nos assegurar que o nosso grasno
é encorajador e não alguma outra coisa... Quando um ganso fica doente, ferido
ou é abatido, dois gansos saem da formação e seguem-no para ajudá-lo e
protegê-lo. Ficam com ele até que esteja apto a voar de novo ou morra. Só
assim, eles voltam ao procedimento normal, com outra formação, ou vão atrás do
bando.
Lição 5: Se nós temos bom senso tanto quanto os
gansos, também estaremos ao lado dos outros nos momentos difíceis.
Nós seres
humanos temos muito que aprender com os animais!
Os animais
continuam obedecendo os regulamentos deixados por Deus, apesar de não serem
dotados de raciocínio e inteligência!
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Coisas que aprendi na vida,
até agora...
até agora...
Aprendi que não
importa quanto eu me importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
Aprendi que não
importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você
precisa perdoá-la por isso.
Aprendi que
falar pode aliviar dores emocionais.
Aprendi que
levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la.
Aprendi que
verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
Aprendi que você
pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprendi que o
que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
Aprendi que bons
amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprendi que não
temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam.
Aprendi que as
pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito
depressa.
Aprendi que
sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas.
Pode ser a
última vez que a vejamos.
Aprendi que as
circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos
responsáveis por nós mesmos.
Aprendi que não
devemos nos comparar com os outros, mas com o melhor que podemos fazer.
Aprendi que não
importa onde já cheguei, mas onde estou indo.
Aprendi que não
importa o quão é delicado e frágil seja algo, sempre existem dois lados.
Aprendi que leva
muito tempo para me tornar a pessoa que eu quero ser.
Aprendi que se
pode ir mais longe depois de pensar que não se pode mais.
Aprendi que ou
você controla seus atos ou eles o controlarão.
Aprendi que
heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as
conseqüências.
Aprendi que
paciência requer muita prática.
Aprendi que
existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar isso.
Aprendi que meu
melhor amigo e eu podemos fazer qualquer coisa, ou nada, e termos bons momentos
juntos.
Aprendi que
algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das
poucas que lhe ajudam a levantar-se.
Aprendi que há
mais dos meus pais em mim do que eu supunha.
Aprendi que
quando estou com raiva tenho o direito de estar com raiva.
Mas isso não me
dá o direito de ser cruel.
Aprendi que só
porque alguém não o ama de jeito que você quer que ele ame, não significa que
esse alguém não o ame com tudo que pode.
Aprendi que
maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você
aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprendi que
nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens ou fora de cogitação.
Poucas coisas
são mais humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprendi que nem
sempre é suficiente ser perdoado por alguém.
Algumas vezes
você tem que aprender a perdoar a si mesmo.
Aprendi que não
importa em quantos pedaços seu coração foi partido; o mundo não pára para que
você o conserte.
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Carta do Chefe Seathl
"Após o
governo dos Estados Unidos ter demonstrado intenção de adquirir o território da
tribo Duwamish, no Estado de Washington, o cacique Seathl escreveu a seguinte
carta ao presidente norte-americano Franklin Pierce, em 1855. Esta carta é um
relicário de palavras comoventes, que demonstram a sabedoria indígena e o apego
dos índios à terra".
O grande chefe
de Washington mandou dizer que deseja comprar a nossa terra. O grande chefe
assegurou-nos também de sua amizade sua benevolência . Isto é gentil de sua
parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Porém, vamos pensar
em tua oferta, pois sabemos que se não o fizermos o homem branco virá com armas
e tomará nossa terra. O grande chefe em Washington pode confiar no que o chefe
Seathl diz, com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na
alteração das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não
empalidecem.
Como podes
comprar ou vender o céu - o calor da terra? Tal idéia é-nos estranha. Nós não
somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água. Como podes então
comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre o nosso tempo. Toda esta terra é
sagrada para o meu povo. Cada uma folha reluzente, todas as praias arenosas,
cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a
zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo.
Sabemos que o
homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra
é igual a outro. Porque ele é um estranho que vem de noite e rouba da terra
tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua amiga, e depois de
exauri-la, ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai, sem remorsos de
consciência. Rouba a terra dos seus filhos. Não respeita. Esquece as sepulturas
dos antepassados e o direito dos filhos. Sua ganância empobrecerá a terra e vai
deixar atrás de si os desertos. A vista de tuas cidades é um tormento para os
olhos do homem vermelho. Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho um
selvagem que nada compreende.
Não se pode
encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem um lugar onde se possa ouvir o
desabrochar da folhagem na primavera ou o tinir das asas de insetos. Talvez por
ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é para mim uma afronta
contra os ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir
a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo, à noite? Um índio
prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do
vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso
para o homem vermelho. Porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar -
animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que
respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.
Se eu me
decidir a aceitar, imporei uma condição. O homem branco deve tratar os animais
como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser
certo de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias
abandonadas pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um
selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais
valioso do que um bisão que nós, os índios, matamos apenas para sustentar a
nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais
acabassem, os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto
acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo está relacionado entre
si. Tudo quanto fere a terra fere também os filhos da terra.
Os nossos
filhos viram seus pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob
o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, e envenenam seu
corpo com alimentos doces e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde
passaremos os nossos últimos dias - eles não são muitos. Mais algumas horas,
até mesmo uns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram
nesta terra ou que tem vagueado em pequenos bandos nos bosques, sobrará para
chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de
confiança como o nosso.
De uma coisa
sabemos que o homem branco talvez venha um dia a descobrir: O nosso Deus é o
mesmo Deus. Julgas, talvez que o podes possuir da mesma maneira como desejas
possuir a nossa terra. Mas não podes. Ele é Deus da humanidade inteira. E quer
bem igualmente ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. E
causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo seu criador. O homem branco
também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua
poluído a tua própria cama e hás de morrer uma noite, sufocado nos teus
próprios desejos! Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos
silvestres, quando as matas misteriosas federem à gente, e quando as colinas
escarpadas se encherem de mulheres a tagarelar - onde ficarão então os sertões?
Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da
torre e à caça do fim da vida e do começo da luta para sobreviver...
Talvez
compreenderíamos se conhecêssemos com que sonha o homem branco, se soubéssemos
quais esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais
visões do futuro oferece às suas mentes para que possam formar os desejos para
o dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos
para nós. E por serem ocultos, temos de escolher o nosso próprio caminho. Se
consentirmos, é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez
possamos viver os nossos últimos dias conforme desejamos. Depois que o último homem
vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem e
pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas
florestas e praias porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do
coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos.
Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueças como era a terra quando dela
tomaste posse. E com toda a tua força, o teu poder, e todo o teu coração -
conserva-a para teus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa
sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o
homem branco pode evitar o nosso destino comum.
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Aprender
Depois de algum
tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar
uma alma.
E você aprende
que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa
segurança.
E começa a
aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas...
E começa a
aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com a graça de
um adulto, e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a
construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto
demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vôo.
Depois de um
tempo, você aprende que o sol queima se você ficar exposto por muito tempo...
Portanto,
plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga
flores.
E você aprende
que realmente pode suportar... que realmente é forte. E que realmente tem
valor!
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O Amigo
"Meu amigo
não voltou do campo de batalha, senhor, solicito permissão para ir
buscá-lo" - disse um soldado ao seu tenente.
"Permissão
negada." - replicou o oficial - "Não quero que arrisque a sua vida
por um homem que provavelmente está morto.
"O soldado,
ignorando a proibição, saiu, e uma hora mais tarde regressou, mortalmente
ferido, transportando o cadáver de seu amigo.
O oficial
estava furioso:
- "Já
tinha te dito que ele estava morto!!! Agora eu perdi dois homens!".
"Diga-me:
Valeu a pena ir lá para trazer um cadáver?"
E o soldado,
moribundo, respondeu: "Claro que sim, senhor! Quando o encontrei, ele
ainda estava vivo e pode me dizer":
"Tinha
certeza que você viria!"
UM AMIGO É AQUELE QUE CHEGA QUANDO
TODO O MUNDO JÁ SE FOI!!!
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Ser Jovem
(General Mac Arthur – 1945)
A juventude não
é um período de vida; ela é um estado de espírito, uma qualidade da imaginação,
uma intensidade emotiva, uma vitória da coragem sobre a timidez, do gosto da
aventura sobre o amor ao conforto.
Não é por ter
vivido um certo número de anos que envelhecemos; envelhecemos porque
abandonamos o nosso ideal.
Os anos enrugam
o rosto; renunciar ao ideal enruga a alma. As preocupações, as dúvidas, os
temores e os desesperos são os inimigos que lentamente nos inclinam para a
terra e nos tornam pó antes da morte.
Jovem é aquele
que se admira, que se maravilha e pergunta, como a criança insaciável: E
depois? Que desafia os acontecimentos e encontra alegria no jogo da vida.
És tão jovem
quanto a tua fé. Tão velho quanto a tua descrença. Tão jovem quanto a tua
confiança em ti e a tua esperança. Tão velho quanto o teu desânimo. Será jovem
enquanto te conservares receptivo ao que é belo, bom e grande.
Receptivo às
mensagens da natureza, do homem, do infinito.
E se um dia teu
coração for atacado pelo pessimismo e corroído pelo cinismo, que Deus, então,
se compadeça de tua alma de velho.
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Palavras Sábias
Havia um homem
muito rico, possuía muitos bens, uma grande fazenda, muito gado e vários
empregados a seu serviço.
Tinha ele um
único filho, um único herdeiro, que, ao contrário do pai, não gostava de
trabalho nem de compromissos.
O que ele mais
gostava era de festas, estar com seus amigos e de ser bajulado pôr eles.
Seu pai sempre o
advertia que seus amigos só estavam ao seu lado enquanto ele tivesse o que lhes
oferecer, depois o abandonariam.
Os insistentes
conselhos do pai lhe retiniam os ouvidos e logo se ausentava sem dar o mínimo
de atenção.
Um dia o velho
pai, já avançado na idade, disse aos seus empregados que construíssem um
pequeno celeiro e dentro do celeiro ele mesmo fez uma forca, e junto a ela, uma
placa com os dizeres:
"Para você
nunca mais desprezar as palavras de seu pai".
Mais tarde
chamou o filho, o levou até o celeiro e disse:
"- Meu
filho, eu já estou velho e quando eu partir, você tomará conta de tudo o que é
meu, e sei qual será o seu futuro...
Você vai deixar
a fazenda nas mãos dos empregados e irá gastar todo o dinheiro com seus amigos,
irá vender os animais e os bens para se sustentar, e quando não tiver mais
dinheiro, seus amigos vão se afastar de você. E quando você não tiver mais
nada, vai se arrepender amargamente de não ter me dado ouvidos.
E pôr isso que
eu construí esta forca, sim, ela é para você, e quero que você me prometa que se acontecer o que eu
disse, você se enforcará nela".
O tempo passou,
o pai morreu e seu filho tomou conta de tudo, mas assim como se havia previsto, o jovem gastou tudo,
vendeu os bens, perdeu os amigos e a
própria dignidade.
Desesperado e
aflito, começou a refletir sobre a sua vida e viu que havia sido um tolo, lembrou-se do pai e começou a
chorar e dizer:
- Ah, meu pai,
se eu tivesse ouvido teus conselhos, mas agora é tarde, tarde demais.
Pesaroso, o
jovem levantou os olhos e longe avistou o pequeno celeiro, era a única coisa
que lhe restava.
A passos lentos,
dirigiu-se até lá e, entrando, viu a forca e a placa empoeirada e disse:
- Eu nunca segui
as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo quando estava vivo, mas pelo menos
desta vez vou fazer a vontade dele, vou cumprir minha promessa, não me restas
mais nada.
Então subiu nos
degraus e colocou a corda no pescoço, e disse:
- Ah se eu
tivesse uma nova chance...
Então pulou,
sentiu pôr um instante a corda apertar sua garganta, mas o braço da forca era
oco e quebrou-se facilmente, o rapaz então caiu no chão, e sobre ele caiam
jóias, esmeraldas, pérolas, diamantes. A forca estava cheia de pedras
preciosas, e um bilhete que dizia:
- Essa é a sua
nova chance, eu te amo muito. Seu pai.
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O Alpinista
Esta é a
história de um alpinista que sempre buscava superar mais e mais desafios. Ele
resolveu depois de muitos anos de preparação escalar o Aconcágua. Mas ele
queria a glória somente para ele, e resolveu escalar sozinho sem nenhum companheiro,
o que seria natural no caso de uma escalada dessa dificuldade. Começou a subir
e foi ficando cada vez mais tarde, e por que não havia se preparado para
acampar, resolveu seguir a escalada decidido a atingir o topo.
Escureceu, e a
noite caiu como um breu nas alturas da montanha, e não era possível mais
enxergar uma palmo à frente do nariz, não se via absolutamente nada! Tudo era
escuridão. Zero de visibilidade. Não havia Lua e as estrelas estavam cobertas
pelas nuvens.
Subindo por uma
"parede" a apenas 100
m. do topo ele escorregou e caiu ... Caia a uma
velocidade vertiginosa. Somente conseguia ver as manchas que passavam cada vez
mais rápidas na mesma escuridão, e sentia a terrível sensação de ser sugado
pela força da gravidade. Ele continuava caindo ... e nesses angustiantes
momentos passaram por sua mente todos os momentos felizes e tristes que já
havia vivido em sua vida.
De repente ele
sentiu um puxão forte, que quase o partiu pela metade. Shack!...Como todo
alpinista experimentado, havia cravado estacas de segurança com grampos a uma
corda comprida que fixou em sua cintura.
Nesses momentos
de silêncio suspendido pelos ares na completa escuridão, não havia nada a fazer
a não ser gritar:
— Ó meu Deus, me
ajude!
De repente uma
voz grave e profunda vinda dos céus respondeu:
— O que você
quer de mim meu filho?
— Me salve meu
Deus por favor?
— Você realmente
acredita que eu possa te salvar?
— Eu tenho
certeza meu Deus!
— Então, corte a
corda que te mantém pendurado ... Ouve um momento de silêncio e reflexão. O
homem se agarrou mais ainda a corda e refletiu que se fizesse isso morreria...
Conta o pessoal
de resgate que ao realizar as buscas encontrou um alpinista congelado, morto,
agarrado com força com suas duas mãos a uma corda.... a somente meio metro do
chão...
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Os Relacionamentos São
Como Uma Plantinha
(Texto extraído do Livro: Liberdade de Ser, Autora: Eliane de Araujo)
Depois que a
plantinha morre, não adianta olharmos para ela e pedirmos perdão por termos
esquecido de aguá-la.
O amor é uma
planta delicada que precisa de constante atenção. As brigas fazem com que as
folhas sejam arrancadas com violência. Quando só sobrar o caule e a planta não
tiver mais por onde respirar, ela morre.
O namoro é
essencial para o relacionamento. "Casal que dá certo namora!". Por
orgulho ou até preguiça, desperdiçamos aqueles que poderiam ser os momentos
mais importantes de nossas vidas.
Há quanto tempo
você não segura a mão da pessoa amada?
Há quanto tempo
não se olham nos olhos, sentindo aquele alguém especial que você conheceu um
dia?
Há quanto tempo
dos seus lábios não saem as palavras "eu amo você"?
Há quanto tempo
suas mãos não sentem a leveza de presentear com uma flor?
Há quanto tempo
você não se perfuma ou se pinta ou se veste de uma maneira especial para
conquistar o seu amor?
Por que não
tomar a atitude de uma reconquista?
Reconquistar a
pessoa amada, sim. Ou será que você até já esqueceu que ama? Precisará a vida
separá-los, como acontecerá inevitavelmente um dia para acordá-lo do torpor da
rotina?
Que tal colocar
um bilhete escondido no sapato dele ou dela, dizendo: - Ei! Você é especial
para mim. Ou no espelho do banheiro: - Eu amo você! Você se lembra do último
beijo apaixonado que deu em seu amor, ou permitiu que o fantasma da rotina e
preocupações encobrissem aqueles sentimentos tão especiais?
Você terá a
coragem de assumir a sua distração e assumir a atitude da reconquista?
Conseguirá superar o teu orgulho e tua vaidade de olhar nos olhos do ser amado
e soar palavras sinceras de amor, já esquecidas?
De sugerir um
passeio ao luar ou ao cinema e pegar novamente com delicadeza em suas mãos como
faziam antes? Ser romântico é extravasar a sensibilidade da alma através de
gestos sutis, leves e poéticos.
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O Mal Existe?
A história de
hoje é de um professor ateu que desafiou os seus alunos com a seguinte
pergunta:
- Deus fez tudo
que existe?
E um aluno
respondeu corajosamente:
- Sim, fez.
- Deus fez tudo
mesmo? - perguntou o professor novamente
- Sim,
professor - respondeu-lhe o jovem.
- Pois bem, se
Deus fez todas as coisas, então Deus fez o mal, pois o mal existe. E
considerando que nossas ações são o reflexo de nós mesmos, então Deus é mal.
O estudante
calou-se diante de tal resposta e o professor, feliz, vangloriava-se de haver
provado mais uma vez que a fé era um mito e que não deveríamos ter fé.
Outro
estudante, levantou a sua mão calmamente e disse:
- Professor, eu
poderia lhe fazer uma pergunta?
- Sem dúvida -
respondeu-lhe o mestre.
O Jovem ficou
de pé e disse:
- O frio existe
professor?
- Mas que
pergunta é essa meu amigo? Claro que existe, ou você por acaso nunca sentiu
frio?
E o rapaz
disse-lhe:
- Na verdade,
professor, o frio não existe. Segundo as leis da física, o que consideramos
frio é na verdade ausência de calor. Todo corpo ou objeto pode ser estudado
quando tem ou transmite energia, mas é o calor e não o frio que faz com que tal
corpo possua ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e
absoluta de calor. Todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o
frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos com a
ausência de calor. E a escuridão, existe mestre?
E o professor
respondeu-lhe:
- É claro que
sim
- E o aluno
novamente retrucou o mestre:
- Novamente, o
senhor se engana. A escuridão tampouco existe. A escuridão na verdade é a
ausência de luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O Prisma de Newton
decompõe a luz branca nas várias cores em que ela se compõe, só que com os seus
diferentes comprimentos de onda. Só que a escuridão, bem, a escuridão não é bem
assim. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina as superfícies que a
luz toca. Como se faz para determinar o quão escuro está um determinado local
do espaço? Apenas com base na quantidade de luz presente neste local, não é
mesmo? A escuridão, portanto, é um termo que o ser humano criou para descrever
quando há a ausência de luz naquele momento.
- Finalmente, o
jovem estudante pergunta ao mestre:
- Professor,
diga-me agora: o mal existe?
- Claro que
existe! Como falei no início da aula, vemos roubos e violência diariamente em
todas as partes do mundo. Essas coisas são sem sombra de dúvida o mal.
E o estudante
novamente respondeu:
- Professor, o
mal não existe, ou ao menos, não existe por si só. O mal é simplesmente a
ausência de Deus em cada ser humano. E é como nos casos anteriores, é um termo
que o ser humano criou para descrever essa ausência de Deus. Portanto, Deus não
criou o mal, mas nós sim, ou praticamos em livre arbítrio. Não é como a fé ou o
amor que existem ou como a luz e o calor. O Mal resulta de que a humanidade não
tenha Deus presente em seus corações. É como o frio, que surge quando não há
calor, ou a escuridão, que acontece quando não há luz em nossas vidas.
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A Maior Bronca Que Já Levei
Tínhamos uma
aula de Fisiologia na escola de medicina logo após a semana da Pátria. Como a
maioria dos alunos havia viajado aproveitando o feriado prolongado, todos
estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral.
Um velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter
trabalho para conseguir silêncio. Com grande dose de paciência tentou começar a
aula, mas você acha que minha turma correspondeu?
Que nada. Com
um certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não
adiantou, ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa. Foi aí que
o velho professor perdeu a paciência e deu a maior bronca que eu já presenciei.
"Prestem
atenção porque eu vou falar isso uma única vez", disse, levantando a voz e
um silêncio carregado de culpa se instalou em toda a sala e o professor
continuou.
"Desde que
comecei a lecionar, isso já faz muito anos, descobri que nós professores, trabalhamos
apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que de cada cem
alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença no
futuro; apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma
significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95%
servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar
nada de útil.
O interessante
é que esta percentagem vale para todo o mundo. Se vocês prestarem atenção
notarão que de cem professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença;
de cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas
cinco são verdadeiros profissionais; e podemos generalizar ainda mais: de cem
pessoas, apenas cinco são verdadeiramente especiais.
É uma pena
muito grande não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse
possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os
demais para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria
tranqüilo sabendo ter investido nos melhores.
Mas,
infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é
capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula
para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto.
Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá.
Obrigado pela atenção e vamos à aula de...".
Nem preciso
dizer o silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor
conseguiu após aquele discurso. Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois
minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas de Fisiologia
durante todo o semestre; afinal quem gostaria de espontaneamente ser
classificado como fazendo parte do resto?
Hoje não me
lembro muita coisa das aulas de Fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca
mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença
em minha vida. De fato, percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito
de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não há como
saber se estamos indo bem ou não; só o tempo dirá a que grupo pertencemos.
Contudo, uma
coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo que fazemos, se não
tentarmos fazer tudo o melhor possível, seguramente sobraremos na turma do
resto.
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Escola da Vida
Um sábio
atravessava de barco um rio e, conversando com o barqueiro, perguntou:
- Diga-me uma
coisa: você sabe botânica?
O barqueiro
olhou para o sábio e respondeu:
- Não muito,
senhor. Não sei que história é essa.
- Você não sabe
botânica, a ciência que estuda as plantas? Que pena! Você perdeu parte de sua
vida.
O barqueiro
continua remando; pergunta novamente o sábio:
- Diga-me uma
coisa: você sabe astronomia?
O coitado do
caiçara coçou a cabeça e disse:
- Não senhor,
não sei o que é astronomia.
- Astronomia é
a ciência que estuda os astros, o espaço, as estrelas. Que pena! Você perdeu
parte da sua vida.
E assim foi
perguntando a respeito de cada ciência: astrologia, física, química, e de nada
o barqueiro sabia. E o sábio sempre terminava com seu refrão: "Que pena!
Você perdeu parte da sua vida". De repente, o barco bateu contra uma
pedra, rompeu-se e começou a afundar. O barqueiro perguntou ao sábio:
- O senhor sabe
nadar?
- Não, não sei.
- Que pena, o
senhor perdeu a sua vida...
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Não é Engraçado?
Não é engraçado
como R$1,00 parece tanto quando o levamos à Igreja e tão pouco quando vamos ao
shopping?
Não é engraçado
como uma hora é tão longa quando servimos a Deus, mas Tão curta quando
assistimos um jogo de futebol ou nos divertimos?
Não é engraçado
como duas horas na Igreja parecem mais longas do que quando assistimos um
filme?
Não é engraçado
como não achamos as palavras quando oramos, mas elas Estão sempre na ponta da
língua para conversarmos com um amigo?
Não é engraçado
como ficamos excitados quando um jogo vai para a prorrogação, mas reclamamos
quando o sermão dura mais que o normal?
Não é engraçado
que achamos cansativo ler um capítulo da Bíblia, mas é fácil ler 100 paginas do
último romance de sucesso?
Não é engraçado
como queremos sempre as cadeiras da frente no teatro ou num show, mas sempre
sentamos no fundo da Igreja?
Não é engraçado
como precisamos de 2 ou 3 semanas de antecedência para agendar um compromisso
na Igreja, mas para outros programas estamos sempre disponíveis?
Não é engraçado
como temos dificuldade de aprender a evangelizar, e como é fácil aprender e
contar a última fofoca?
Não é engraçado
como acreditamos nos jornais, mas questionamos a Bíblia?
Não é engraçado
como todo mundo quer ir para o céu desde que não tenha que acreditar, dizer ou
fazer nada?
Não é engraçado
como mandamos milhares de piadas pelo e-mail que se espalham como um incêndio,
mas quando mandamos mensagens sobre o Senhor não reenviamos para ninguém?
Não é engraçado?
Não.
É triste!
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O Furo no Barco
Um homem foi
chamado à praia para pintar um barco. Trouxe com ele tinta e pincéis, e começou
a pintar o barco de um vermelho brilhante, como fora contratado para fazer.
Enquanto pintava, viu que a tinta estava passando pelo fundo do barco. Percebeu
que havia um vazamento e decidiu consertá-lo. Quando terminou a pintura,
recebeu seu dinheiro e se foi.
No dia seguinte,
o proprietário do barco procurou o pintor e presenteou-o com um belo cheque. O
pintor ficou surpreso:
- O senhor já me
pagou pela pintura do barco! - disse ele.
- Mas isto não é
pelo trabalho de pintura. É por ter consertado o vazamento do barco.
- Ah!, mas foi
um serviço tão pequeno... Certamente, não está me pagando uma quantia tão alta
por algo tão insignificante!
- Meu caro
amigo, você não compreende. Deixe-me contar-lhe o que aconteceu. Quando pedi a
você que pintasse o barco, esqueci de mencionar o vazamento. Quando o barco
secou, meus filhos o pegaram e saíram para uma pescaria. Eu não estava em casa
naquele momento. Quando voltei e notei que haviam saído com o barco, fiquei
desesperado, pois lembrei-me que o barco tinha um furo. Imagine meu alívio e
alegria quando os vi retornando sãos e salvos. Então, examinei o barco e
constatei que você o havia consertado! Percebe, agora, o que fez? Salvou a vida
de meus filhos! Não tenho dinheiro suficiente para pagar a sua
"pequena" boa ação.
Não importa para
quem, quando ou de que maneira: mas, ajude, ampare, enxugue as lágrimas, escute
com atenção e carinho, e conserte todos os "vazamentos" que perceber,
pois nunca sabemos quando estão precisando de nós ou quando Deus nos reserva a
agradável surpresa de ser útil e importante para alguém.
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O Paradoxo do nosso tempo
Pois o grande
paradoxo de nosso tempo é que:
Temos edifícios
mais altos, mas pavios mais curtos.
Auto-estradas
mais longas e largas, mas pontos de vistas mais estreitos.
Gastamos mais,
mas temos menos.
Nós compramos
mais, e desfrutamos menos.
Temos casas
maiores, e famílias menores.
Mais conveniências,
mas menos tempo.
Temos mais graus
acadêmicos, mas menos senso.
Mais
conhecimento, e menos poder de julgamento.
Mais
proficiência, porém, muito mais problemas.
Mais medicina, e
menos saúde...
Bebemos de mais,
fumamos de mais.
Gastamos de
forma perdulária, rimos de menos,
Dirigimos rápido
de mais, nos irritamos muito facilmente.
Ficamos
acordados até mais tarde, e acordamos cansados em demasia.
Raramente
paramos para ler um livro, ficamos tempo de mais diante da TV, e raramente
oramos ou agradecemos a Deus.
Multiplicamos
nossas posses, somente reduzimos os nossos valores.
Falamos de mais,
e amamos raramente... Odiamos com muita freqüência.
Aprendemos como
ganhar a vida, mas não aprendemos a viver essa vida.
Adicionamos anos
à extensão de nossas vidas, mas não vida á extensão de nossos anos.
Já fomos à lua e
dela voltamos, mas temos dificuldades de atravessar a rua, e encontrarmos quem
sabe até com o nosso vizinho.
Conquistamos o
espaço exterior, mas não o espaço interior.
Fizemos coisas
maiores, mas não coisas melhores em nossas vidas.
Limpamos,
purificamos o ar, mas poluímos a nossa alma.
Dividimos o
átomo, mas não os nossos preconceitos.
Escrevemos mais,
e aprendemos menos.
Planejamos mais,
e realizamos menos.
É, na nossa vida
aprendemos a correr contra o tempo, mas não esperar com paciência.
Temos maiores
rendimentos, mas menor padrão moral.
Temos mais
comidas, mas menos apaziguamento, ou quem sabe, nem uma qualidade de vida.
Construímos
maiores computadores, para guardar mais informações, para produzir mais cópias
do que nunca, mas temos menos comunicação na vida.
Tivemos avanços
na quantidade, mas não na qualidade.
Esses são tempos
de refeições rápidas, e digestão lenta.
De homens altos,
e caráter baixo.
Lucros
expressivos, mas relacionamentos rasos.
Esses são tempos
em que se almeja a paz mundial, mas perdura a guerra nos lares.
Temos mais
lazer, mas menos diversão.
Maior variedade
de em tipos de comida, mas menos nutrição dos organismos.
São dias de duas
fontes de renda, mas de mais divórcios.
De residências
mais belas, mas lares verdadeiramente quebrados.
São dias de
viagens rápidas, fraudas descartáveis, moralidade também... descartável.
Ficadas de uma
só noite.
Corpos acima do
peso.
Pílulas que
fazem de tudo, alegrar, aquietar... Matar.
É um tempo em
que há muito na vitrine, e nada no estoque.
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O Sapato
Um dia um homem
já de certa idade abordou um ônibus. Enquanto subia, um de seus sapatos
escorregou para o lado de fora. A porta se fechou e o ônibus saiu; então ficou
impossível recuperá-lo. O homem tranqüilamente retirou seu outro sapato e
jogou-o pela janela.
Um rapaz no
ônibus, vendo o que aconteceu e não podendo ajudar ao homem, perguntou:
- Notei o que o
senhor fez. Por que jogou fora seu outro sapato?
O homem
prontamente respondeu
- De forma que
quem o encontrar seja capaz de usá-los. Provavelmente apenas alguém necessitado
dará importância a um sapato usado encontrado na rua. E de nada lhe adiantará
apenas um pé de sapato.
O homem mostrou
ao jovem que não vale a pena agarrar-se a algo simplesmente para possuí-lo e
nem porque você não deseja que outro o tenha.
Perdemos coisas
o tempo todo. A perda pode nos parecer penosa e injusta inicialmente, mas a
perda só acontece de modo que mudanças, na maioria das vezes positivas, possam
ocorrer em nossa vida.
Acumular posses
não nos faz melhores e nem faz o mundo melhor. Todos temos que decidir
constantemente se algumas coisas devem manter seu curso em nossa vida ou se
estariam melhor com outros.
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Para quê Gritar?
Um dia, um
pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:
"Por que
as pessoas gritam quando estão aborrecidas?"
"Gritamos
porque perdemos a calma", disse um deles.
"Mas, por
que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?", questionou novamente
o pensador.
"Bem,
gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça", retrucou outro
discípulo.
E o mestre
volta a perguntar:
"Então não
é possível falar-lhe em voz baixa?"
Várias outras
respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
Então ele
esclareceu:
"Vocês
sabem por que se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?"
O fato é que,
quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito.
Para cobrir
esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.
Quanto mais
aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro,
através da grande distância.
Por outro lado,
o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas?
Elas não
gritam. Falam suavemente. E por quê?
Porque seus
corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena.
Às vezes estão
tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.
E quando o amor
é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta.
Seus corações
se entendem.
É isso que
acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.
Por fim, o
pensador conclui, dizendo:
"Quando
vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras
que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que
não mais encontrarão o caminho de volta".
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A Arte de Calar
Calar sobre sua
própria pessoa, é Humildade!
Calar sobre os
defeitos dos outros, é Caridade!
Calar quando a
gente está sofrendo, é Heroísmo!
Calar diante do
sofrimento alheio, é Covardia!
Calar diante da
Injustiça, é Fraqueza!
Calar quando o
outro está falando, é Delicadeza!
Calar quando o
outro espera uma palavra, é Omissão!
Calar, e não
falar palavras inúteis, é Penitência!
Calar quando não
há necessidade de falar, é Prudência!
Calar, quando
Deus nos fala no coração, é Silêncio!
Calar diante do
mistério que não entendemos, é Sabedoria!
Quando na escuridão da noite
procuramos Deus, e não encontramos...
É porque não o
procuramos, em nossos corações...
Lembre-se que
ele jamais abandona seus filhos...
Um lindo dia...
e uma noite com muita Paz...
E a certeza que
Jesus está em nosso coração.
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Vislumbres do Criador
O elefante é o
único animal cujas pernas dianteiras se dobram a frente. Por quê? Porque de
outra forma seria difícil para esse animal levantar-se, por causa do seu peso.
Por que os cavalos, para se erguerem, usam as patas dianteiras, e as vacas, as
traseiras? Quem orienta esses animais para que ajam dessa maneira? Deus.
Esse mecanismo
Deus que coloca um punhado de argila no coração da terra e através da ação do
fogo transforma-a em formosa ametista de alto valor. Esse mesmo Deus que coloca
certa quantidade de carvão nas entranhas do solo, e, mediante a combinação do
fogo e a pressão dos montes e das rochas, transforma esse carvão em
resplandecente diamante, que vai fulgurar na coroa dos reis ou no diadema dos
poderosos!
Por que o
canário nasce aos 14 dias, a galinha aos 21, os patos e gansos aos 28, o ganso
silvestre aos 35 e os papagaios e avestruzes aos 42 dias? Por que a diferença
entre um período e outro é sempre de sete dias?
Porque o Criador
sabe como deve regular a natureza e jamais comete engano. Ele determinou que as
ondas do mar se quebrem na praia à razão de 26 por minuto, tanto na calma como
na tormenta. Aquele que nos criou pode também nos dirigir. Somente aquele que
fez o cérebro e o coração pode guiá-los com êxito para um alvo útil. A insondável
sabedoria divina revela-se ainda nas coisas que poucos notam: A melancia tem
número par de franjas. A laranja possui número par de gomos. A espiga de milho
tem número par de fileiras de grãos. O cacho de bananas tem, na última fila,
número par de bananas, e cada fila de bananas tem uma a menos que a anterior.
Desse modo, se uma fileira tem número par; a seguinte terá número ímpar. Á
ciência moderna descobriu que todos os grãos das espigas são em número par, e é
admirável que Jesus, ao se referir aos grãos, tenha mencionado exatamente
números pares: 30, 60, e 100. Pela sua maravilhosa sabedoria e graça, é assim
que o Senhor determina à vida que cumpra os propósitos e os planos dele.
Somente a vida sob o cuidado divino está a salvo de contratempos.
Outro mistério
que a ciência ainda não descobriu: Enormes árvores, pesando milhares de quilos,
apoiadas em apenas poucos centímetros de raízes. Ninguém até agora conseguiu
descobrir esse princípio de sustentação a fim de aplicá-lo em edifícios e
pontes.
Mas há maravilha
ainda maior. O Criador toma o oxigênio e o hidrogênio, ambos sem cheiro, sem
sabor e sem cor, e os combina com o carvão, que é insolúvel, negro e sem gosto.
O resultado, porém, é o alvo e doce açúcar.
Esses são apenas
alguns vislumbres de um Deus sábio e amoroso. Esse mesmo Deus que realiza tais
maravilhas no mundo que Ele criou, pode também efetuar em nós um milagre ainda
muito maior. Ele pode dar-nos um novo nascimento, fazendo novas todas as
coisas. Ele pode tomar nossa vida triste, inútil e insípida, e torná-la alegre,
útil e plena de significado para a glória dEle.
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